Cidade da Polícia. Operação da Civil contra quadrilha que vendia drogas por aplicativo de mensagens. Na foto, presos na operação, mãe e filho, conduzidos à Cidade da Polícia Civil, no Jacaré, zona norte do Rio de Janeiro. Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Rio - Policiais da 48ª DP (Seropédica), com apoio de agentes de outras unidades do Departamento-Geral de Polícia da Baixada (DGPB), realizam a "Operação Hash", nesta terça-feira (28), contra uma quadrilha que comercializava drogas para todo o país. O objetivo é o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão em bairros da capital e em municípios da Baixada Fluminense. Até o momento, seis pessoas foram detidas e uma não foi encontrada.


A ação ocorre a partir de informações obtidas em investigações da 48ª DP. Os alvos são envolvidos com o tráfico interestadual de drogas e utilizam empresas de transporte de mercadorias para fazer a movimentação dos entorpecentes.
O delegado Vinícius Miranda, titular da delegacia responsável pela ação, contou que a quadrilha vinha sendo investigada há dois anos e chamou atenção dos agentes a forma como a droga era enviada para todo o país.
"Esses criminosos eram especializados em Cannabis, em todas suas formas, maconha, vaporizadores e haxixe. Nos causou alguma surpresa o modo como faziam o envio dos entorpecentes para qualquer parte do Brasil: através do uso dos Correios ou qualquer outra empresa de transporte, possibilitando a chegada do produto ilícito ao Norte, Nordeste, Sul e até mesmo a estados do Sudeste", disse.
Ainda de acordo com Miranda, a comercialização dos entorpecentes acontecia, principalmente, por meio de um grupo em um aplicativo de mensagens com mais de 1.900 inscritos.
"Pensa-se que tráfico de drogas é algo exclusivamente ligado às comunidades. Essa quadrilha é composta por pessoas de classe média, moradores da Zona Oeste. Os que moram na Baixada moram em boas casas. É importante destacar isso, pois o crime pode estar em qualquer lugar; tanto em lugares mais carentes, como nos mais abastados", afirmou.
Parte da quadrilha era composta por mãe e filho. Ele era responsável pelo comércio da droga e a ela o auxiliava no embalo do entorpecente e em seu repasse aos compradores.
Todos os presos foram encaminhados para a Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio.