A Justiça autorizou que Horácio Carvalho, apontado como chefe de milícia, trabalhe em uma empresa como auxiliar de serviços geraisReprodução

Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) autorizou que Horácio de Souza Carvalho, apontado como um dos chefes de uma milícia do Rio, trabalhe como auxiliar de serviços gerais em uma empresa do estado e permaneça em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. De acordo com a denúncia do Ministério Púbico (MPRJ), o miliciano participava de uma sociedade criminosa e foi preso em fevereiro de 2018 em um apartamento na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. A decisão aconteceu no mês passado.
Em nota, o TJRJ informou que Horácio deverá cumprir medidas preventivas para seguir com os benefícios impostos na decisão judicial. O acusado terá um intervalo de duas horas para fazer o trajeto para o trabalho e não poderá ficar fora de casa quando não estiver realizando suas tarefas profissionais.
Segundo o Tribunal, o homem está morando na Barra da Tijuca, mas pode se mudar após autorização da Justiça.
Prisão em 2018
Horácio de Souza Carvalho foi preso em fevereiro de 2018 em um apartamento na Barra da Tijuca, após ser apontado como um dos chefes da milícia nas comunidades das zonas Norte e Oeste da cidade. A Polícia Civil prendeu o homem que era acusado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.
Segundo a denúncia do MPRJ, Horácio era miliciano e participava de um esquema criminoso que atuava nas comunidades do Campinho, de Madureira, da Vila Valqueire, de Quintino e da Taquara. Desde o ano passado, o homem cumpria a prisão no regime semi-aberto, por ter recebido progressão da pena.
De acordo com o TJRJ, o regime menos severo foi concedido por ele ter sido aprovado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), após fazer cursos e ler livros.