Perito da Polícia Civil investiga o caso na Rua Afonso PenaCléber Mendes
Rio - Algumas das árvores da Rua Afonso Pena, na Tijuca, Zona Norte do Rio, estão sendo alvos de envenenamento. Segundo a Secretaria de Ambiente e Clima (SMAC), os troncos estão com manchas azuis e uma investigação foi aberta na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. A suspeita dos crimes foi levantada por moradores da região, que fizeram uma denúncia para a prefeitura após perceberam que as árvores estavam ficando secas.
Segundo a Associação Empresarial e de Moradores da Tijuca, o caso foi direcionado para a prefeitura e, após as denúncias, a Coordenadoria Técnica de Defesa Ambiental fez uma vistoria no local.
Nesta segunda-feira (10), um perito da DPMA esteve no local, e identificou 13 árvores com vestígios de líquido azul e sinais de vandalismo. O líquido foi recolhido e encaminhado para análise. Segundo o delegado Wellington Vieira, as investigações já começaram, e as imagens das câmeras de segurança residenciais serão solicitadas.
Informações e denúncias sobre o envenenamento das árvores podem ser enviadas para o Disque Ambiental, através do número (021) 98596-7496.
O advogado Roberto Carlos Silva é síndico de um dos prédios da rua Pardal Mallet, rua ao lado da Afonso Pena, e conta que não havia câmeras de segurança apontadas para as árvores no momento dos crimes. Segundo ele, a maior dificuldade é ter resposta da Comlurb, que é a responsável por remover as árvores mortas. A partir da remoção, é possível o replantio das árvores pela Fundação Parques e Jardins, da Prefeitura.
A rua Afonso Pena é uma das ruas mais tradicionais do bairro da Tijuca. As árvores que a arborizam são provenientes da mata atlântica do nordeste brasileiro.
Roberto faz um apelo para que os síndicos se unam: "O que podemos fazer agora é melhorar o nosso sistema de segurança, com mais câmeras, e nos policiar para evitar que o envenenamento avance e chegue até as árvores da praça Afonso Pena", finaliza o síndico.
Caso haja a identificação do responsável, o autor pode ser multado em até R$ 1.000,00 por árvore danificada e responder por crime ambiental.
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