Aselmo trabalhava no posto da Guarda Municipal, no Parque Madureira, na Zona Norte do RioReprodução

Rio - O guarda municipal Aselmo José da Silva, de 55 anos, foi denunciado por mais duas mulheres que alegam terem sofrido abusos cometidos por ele no ano passado. O suspeito foi preso nesta segunda-feira (17) por agentes da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e agora é investigado por três crimes de estupro e por uma tentativa de estupro.
Depois de sua prisão, duas novas vítimas procuraram à delegacia para denunciar agressões sofridas na mesma rua em que os outros dois casos já investigados teriam acontecidos. A informação é do portal "G1".
Uma delas contou que, em outubro de 2022, Aselmo a abordou quando ela estava no carro junto com o namorado. O homem estaria armado, teria ordenado o companheiro da vítima sair do veículo e abusado dela. A vítima alegou ter reconhecido o autor do crime, mas não denunciou na época por medo.
Já a outra denunciante contou aos policiais que, em agosto do ano passado, ela saiu para beber com Aselmo e ele a perguntou se estava sozinha em casa, o que foi negado pela vítima. A mulher então voltou para casa. Quando ela foi dormir, o homem teria entrado em seu quarto usando uma balaclava, que é uma espécie de gorro longo. A mulher teria começado a gritar e foi socorrida pelo genro, que também estava na residência e que reconheceu o guarda como o autor do crime.
As duas novas denúncias indicam que Aselmo também utilizou máscara para cometer os crimes. A maneira é a mesma que foi usada nos casos de 14 de março e 18 de fevereiro deste ano, que já estavam sendo investigados.
Prisão de Aselmo
O guarda municipal foi preso na manhã desta segunda-feira (17) em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, por agentes da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do município. O homem foi encontrado em sua casa.
A operação Deam Presente tinha como objetivo prender o guarda pelo crime de estupro, cometido no último dia 14 de março. De acordo com a investigação, a vítima foi violentada à noite, quando chegava em casa. O acusado vestia uma máscara do tipo balaclava, apontou uma arma para a mulher e a rendeu. Ela foi levada para um imóvel abandonado e forçada a ter relações sexuais.
As investigações apontaram que o crime foi premeditado, já que o suspeito quebrou câmeras de segurança que filmavam o local por onde ele passava, e circulou pela região para poder tentar escapar de uma possível acusação.
Segundo a Polícia Civil, os policiais da Deam visitaram mais de 60 locais e arrecadaram imagens de cerca de 30 câmeras de segurança. Em uma análise de mais de 50 horas de filmagens, os agentes conseguiram rastrear o caminho do autor antes, durante e após a consumação do crime. Por meio dos registros, foi possível identificá-lo como sendo vizinho da vítima. As imagens mostram o homem retirando a máscara e exibem uma tatuagem dele.
Durante a ação desta segunda-feira (17), os agentes também cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do preso e em seu local de trabalho, o posto da Guarda Municipal localizado no Parque Madureira, na Zona Norte do Rio. O material apreendido será analisado.