Carro ficou com diversas marcas de tiros na direção do banco do motoristaReprodução

Rio - A Polícia Civil investiga se a tentativa de homicídio contra Luiz Henrique de Souza Waddington, de 22 anos, ocorrida na última sexta-feira (14) no Catumbi, Zona Central do Rio, foi motivada pela disputa sobre o controle de pontos do jogo do bicho entre contraventores da cidade do Rio e contrabandistas de cigarro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
O pai da vítima, identificado como Luiz Cabral, 42, esteve na 6ª DP (Cidade Nova) nesta segunda-feira (17) para prestar depoimento sobre o assunto. Ele admitiu que comanda diversos pontos da contravenção em bairros da Zona Sul e Zona Norte do Rio, além de áreas do Centro, e que o atentado tinha ele como alvo e não o seu filho. 
Segundo Cabral, um dia antes da tentativa de homicídio, ele recebeu uma ligação ordenando que deixasse o comando do jogo do bicho. O pai da vítima afirmou que, a partir desta data, deixou de contribuir para o negócio. Cabral ainda contou aos investigadores que Luiz Henrique não possui relação com a contravenção e que o filho trabalha como motorista.
O crime continua sendo investigado pela 6ª DP (Cidade Nova) que busca identificar a autoria do crime e esclarecer os fatos.
Relembre o caso
Luiz Henrique Waddington estava em seu carro na Rua Catumbi, esquina com a Rua Frei Caneca, quando foi atacado a tiros por criminosos em outro veículo. A perícia constatou que foram realizados cerca de 40 tiros contra a vítima, que foi atingida por quatro disparos.
Imagens que circularam nas redes sociais na sexta-feira (14) mostraram o carro de Luiz atravessado no cruzamento com a porta do carona aberta, o para-choque arrancado e diversas marcas de tiros no para-brisa, enquanto a vítima está caída na calçada há poucos metros do automóvel.
O motorista foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio. Na época, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que o quadro de saúde da vítima era estável. Questionado nesta terça-feira (18), o órgão ainda não respondeu.