Iniciativa tem como objetivo conscientizar a população sobre as graves consequências que a atividade pode causar Reprodução/ Internet

Rio - O Corpo de Bombeiros (CBMERJ) lançou, nesta quarta-feira (26), uma campanha contra atividades que envolvem balões. Nas redes sociais, a corporação mostra as graves consequências que essas práticas podem causar. A iniciativa conta com a parceria da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), que intensificará investigações relacionadas à atividade criminosa, principalmente com a chegada das festas juninas.

O coronel Leandro Monteiro, secretário da Defesa Civil e comandante-geral do CBMERJ, relembrou alguns casos que poderiam ter causado colapsos. "Soltar balões sempre foi crime. Recentemente, um balão caiu na Estação de Tratamento de Água do Guandu, o que poderia ter deixado toda a Região Metropolitana do Rio sem água. Em janeiro deste ano um balão caiu na praia do Leme, que estava lotada, e poderia ter causado um verdadeiro desastre. É importante que a população se conscientize", disse.
No último sábado (22), um enorme balão foi visto por pedestres nas praias de Botafogo e do Flamengo, na Zona Sul. Ele estava na rota de voo do Aeroporto Santos Dumont. De acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), dependendo da massa do balão e da velocidade da aeronave, o impacto da colisão poderia chegar a 250 toneladas.

O porta-voz do CBMERJ, major Fábio Contreiras, explicou o motivo pelo qual os balões são perigosos e quais as possíveis consequências que o equipamento pode causar. "Por serem feitos da combinação de estopa com materiais inflamáveis, os balões entram em correntes de ar e são levados para locais imprevisíveis e sem monitoramento. Dependendo de onde caiam, podem atingir redes elétricas, provocar explosões e incendiar matas, causando danos irreparáveis. A situação se agrava durante o período de estiagem, de maio a outubro, quando diminui a umidade do ar, favorecendo os incêndios florestais por conta da vegetação mais seca", explicou o porta-voz.
No Brasil, segundo dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Força Aérea Brasileira (FAB), cerca de 100 mil balões são soltos por ano. O Rio de Janeiro está entre os líderes de avistamentos de balões não tripulados.
"Além de ser crime, traz graves prejuízos para o meio ambiente, para o tráfego aéreo e coloca vidas em risco. A Polícia Civil atua para reprimir e prevenir essa prática, buscando a identificação e responsabilização dos envolvidos", disse o delegado Wellington Vieira, titular da DPMA.

Serviço
Para denúncias sobre comercialização, confecção ou soltura de balões, a população pode recorrer ao Disque-Balão: (21) 2253 1177 (capital), 0300 253 1177 (interior) ou pelo WhatsApp (21) 99973 1177.