Babi e Flora CruzReprodução/Redes Sociais
Mãe de Flora Cruz, Babi Cruz publica carta aberta à filha após denúncia de importunação sexual
Mensagem foi compartilhada nas redes sociais da ex-esposa do sambista Arlindo Cruz
Rio - Babi Cruz, mãe de Flora Cruz, publicou uma carta aberta em apoio à filha nas redes sociais, nesta sexta-feira (28), após jovem denunciar ter sofrido importunação sexual. O crime, segundo relato de Flora, foi cometido pelo cuidador do pai, Arlindo Cruz, no último dia 24. Em sua mensagem, a ex-esposa do sambista elogia o ato da filha e fala sobre resistência.
"Minha filha, não te peço para ser forte, porque isso você já é, te peço para que seja mais forte. Quanto maior são os nossos obstáculos, maior tem que ser a nossa resistência. Sempre, por toda vida, quisemos te proteger desse tipo de dor, desse tipo de moléstia, desse tipo de sofrimento. Mas assim como você, nenhuma de nós, mulheres, estamos livres de passar por tal situação constrangedora, lamentável, que dói até na alma", comentou.
Ainda no texto, Babi fala por ela e por Arlindo ao dizer que os dois amam a filha: "Mas seja mais você, busque forças no seu âmago, supere e ajude a quem você puder ajudar! Faça da sua dor uma utilidade pública! Superação é a palavra! Peço a Deus e aos nossos Orixás que te curem dessa dor e que deem forças, dignidade e brilho para seguir em frente! Livre-se desse trauma! Te amamos", publicou.
A postagem teve o apoio de vários seguidores e mensagens de carinho: "Força, Flora", disse uma usuária. "Ela é forte porque foi criada por uma mulher forte", comentou outra seguidora. "Estou aos prantos. Muita força e amor a ela e a você! Vibrando aqui na força de Xangô e minha mãe Iansã por Justiça", postou mais um usuário.
O caso
Flora revelou, na madrugada desta quinta-feira, através do Instagram, que foi vítima de importunação sexual. Na postagem, ela acusa o cuidador de seu pai de tocar seu corpo, sem autorização, em seu quarto, na última segunda-feira. Em um longo texto, a jovem deu mais detalhes sobre a situação e afirmou que expôs o caso como medida de segurança e como forma de alerta para outras mulheres.
"Resolvi tornar pública a situação, para me proteger e usar minha voz para que mais mulheres não se calem. Eu, dentro da minha casa, achando que estava segura, com uma pessoa que estava ali pra cuidar da saúde do meu pai. Tive meu corpo tocado, sem minha autorização, com a justificativa de que eu estava de baby doll e como homem era muito difícil resistir. Dentro da minha casa, no meu quarto, onde eu deveria me sentir segura", compartilhou a jovem.
O caso foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Jacarepaguá que investiga o caso. De acordo com a Polícia Civil, um inquérito foi instaurado para ouvir todas as partes envolvidas e diligências estão sendo realizadas para esclarecer os fatos.
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