Operação da Polícia Civil e Fuzileiros Navais, na favela do Castelar, em Belford Roxo.Marcos Porto/Agencia O Dia

Rio - A Polícia Civil e a Marinha realizaram, nesta quinta-feira (4), uma operação para prender um ex-militar desertor na comunidade do Castelar, em Belford Roxo, Baixada Fluminense do Rio. De acordo com a Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), o suspeito, identificado como Thales, é procurado por ter roubado um fuzil calibre 762. de quartel das Forças Armadas. Um dos comparsas do ex-fuzileiro foi preso.

"No dia de hoje nós conseguimos localizar alguns endereços desse ex-militar, que é o Thales. Contudo, não conseguimos localizá-lo na comunidade, nem o fuzil, mas prendemos o comparsa dele, que também participou do roubo. O Iuri, que não é militar, foi o motorista do carro usado no roubo", explicou o delegado da Desarme, Rodrigo Barros.
Segundo o titular da especializada, o preso foi o responsável por transportar o ex-militar à uma estação da força militar durante o roubo, que aconteceu em dezembro do ano passado. Com o preso, os agentes encontraram o veículo usado no crime. O carro foi apreendido e levado para sede da especializada, na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, Zona Norte, onde o caso foi registrado.

Antes do comparsa, o Grupamento dos Fuzileiros Navais já havia identificado e prendido um militar da ativa apontado como o terceiro envolvido no roubo ao armamento. A prisão ocorreu no fim do mês passado, após intenso trabalho de investigação.

Segundo o delegado, o desertor, que segue sendo procurado, teria entregado o fuzil aos líderes do tráfico de drogas do Castelar com o objetivo de conquistar um cargo de respeito no crime organizado da região.
"O Thales logo que desertou se uniu ao tráfico da comunidade do Castelar e com o roubo desse fuzil ele conseguiu se promover na hierarquia do tráfico. Com esse armamento, ele ascendeu ao posto de gerente do crime na região", comentou o delegado.
Em nota, o Comando da Polícia Civil informou que a ação teve o apoio da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil (Ssinte), da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) e do Ministério Público Militar.