O militar Aílton Barros é apoiador de Jair BolsonaroReprodução

Rio - O militar da reserva e candidato a deputado estadual Ailton Barros (PL-RJ), preso nesta quarta-feira (3) durante operação da PF contra fraude em dados vacinais, teria blefado sobre saber a identidade do mandante da morte de Marielle Franco. A 'bravata' teria sido assumida, nesta quinta-feira (4), a um defensor público aposentado e amigo ouvido pela TV Globo.

Segundo relato do defensor aposentado, identificado como Ariosvaldo de Goes Costa Homem, Barros teria dito que conhecia o responsável pela ordem do assassinato da vereadora em 2018 para chamar a atenção do grupo Bolsonaro. As mensagens trocadas por ele com Mauro Cid, o 'Coronel Cid', que trabalhava diretamente para o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, aconteceram em 2021.
Após as mensagens com o braço direito de Bolsonaro, Barros começou a se referir como "zero um" do presidente no Rio nas eleições de 2022. No pleito em questão, Barros se elegeu como deputado suplente no Rio pelo Partido Liberal (PL).

Nas mensagens, divulgadas durante a investigação, Barros diz saber de toda a história da morte de Marielle Franco: "Eu sei dessa história da Marielle toda, irmão. Sei quem mandou. Sei a p... toda. Entendeu?", diz trecho da conversa creditado ao militar da reserva. O militar da reserva também cita o ex-vereador Marcelo Siciliano, que chegou a ser investigado pela morte da vereadora. 
O militar da reserva e Mauro Cid, que atuava como operador de Bolsonaro, foram presos pela PF, nesta quarta-feira, acusados de envolvimento em esquema de alteração de dados de cartões de vacinação.