Inicialmente, investigação acreditava que Arthur Moreira Gonçalves, 13, foi vítima de bala perdida Reprodução/Redes sociais

Rio - A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) concluiu que a morte de Arthur Moreira Gonçalves, de 13 anos, na última sexta-feira (5), foi acidental. O adolescente morreu após ser atingido por um tiro no pescoço, dentro de casa, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Inicialmente, a especializada acreditava que o menino poderia ter sido vítima de bala perdida, mas a linha de investigação mudou depois que agentes encontraram o estojo do projétil, um isqueiro e um papel queimado em seu quarto. 
O caso aconteceu na Rua Carlota Macedo Soares, por volta das 12h30, quando o adolescente tinha acabado de voltar da escola. Arthur chegou a ser levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu. Nas redes sociais, moradores da região disseram não ter ouvido tiroteio neste horário e a Polícia Militar também informou que não realizou ação na comunidade do Terreirão na ocasião.
Além de não haver relatos de confrontos que pudessem ter levado o jovem a ser atingido por uma bala perdida, as investigações entenderam que o disparo pode ter acontecido depois que ele acendeu um projétil, usando o isqueiro e o papel, que teria explodido e atingido seu pescoço. Agora, a DHC apura o motivo de Arthur ter munição em seu quarto. 
O corpo do jovem será sepultado neste domingo (6), no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. Os pais de Arthur o descreveram como sendo carinhoso, alegre e contaram que ele tinha o sonho de ser paraquedista, como os irmãos mais velhos e o pai. Para os amigos, o adolescente era considerado uma promessa do skate brasileiro. No ano passado, a vítima ficou em terceiro lugar no campeonato organizado pela Prefeitura de Niterói, na Região Metropolitana, o "1º Horto Street Art".