Aline de Oliveira foi morta pelo ex-marido na frente do filho Reprodução / Redes sociais
Vítima de feminicídio em Bangu será enterrada nesta segunda-feira
Enquanto buscava o filho na escola, Aline de Oliveira foi morta a tiros pelo ex-marido; Marcius Resener, que também era pai do menino, ainda tentou sequestrar a criança e acabou preso
Rio - O corpo de Aline da Silva de Oliveira, de 41 anos, morta a tiros em Bangu pelo ex-marido, será enterrado nesta segunda-feira (8), no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste. O enterro será às 10h30 na capela 8.
Aline foi morta pelo ex-marido, na tarde da última sexta-feira (5), enquanto buscava seu filho em uma escola na Rua Bobaim, em Bangu, na Zona Oeste. Segundo o próprio garoto relatou aos familiares, Marcius Resener apareceu na frente do colégio encapuzado e, ao ver Aline indo embora com o filho do ex-casal, atirou diversas vezes contra a mulher. Bastante alterado, o assassino puxou o menino e, antes de fugir com ele, retornou e atirou na cabeça de Aline.
Marcius foi preso horas do crime pela Polícia Militar. Segundo o 14° BPM (Bangu), os agentes localizaram o homem, que estava tentando fugir para a Favela do Rebu, em Senador Camará. A criança também foi resgatada e conversou com o Conselho Tutelar da Barra da Tijuca. O menino está sob os cuidados da família materna.
Disputa pela guarda do filho
Marcius Resener, ex-marido de Aline e autor do crime, estava em disputa judicial com a mulher para conseguir a guarda do filho. No dia 18 de fevereiro, a Justiça decidiu que a guarda seria concedida para Aline. Desde então, Marcius passou a ameaçá-la constantemente. Temendo pela vida, a vítima tentou medidas protetivas na Justiça, mas as solicitações foram negadas.
A família de Aline acredita que a morte poderia ter sido evitada. "As denúncias não configuravam ameaças, mesmo a gente tendo todas as provas, isso mostra a ineficiência da Justiça. Nada foi feito, até chegar no ponto que chegou. Se tivéssemos dinheiro esconderíamos ela em algum lugar, porque as ameaças eram constantes. A mãe dele [Marcius] é advogada criminal e eu sei que ela mexeu os pauzinhos para livrá-lo outras vezes", desabafou Luzias da Silva, que é irmão de Aline.
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