Rio - Foi empossado oficialmente, nesta terça-feira (30), o novo presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Marco Lucchesi. Ele é poeta, romancista, memorialista, ensaísta, tradutor e editor, e já estáva à frente da instituição desde fevereiro deste ano.
Durante o evento, Lucchesi destacou os novos rumos da Biblioteca, como um dos símbolos da democracia brasileira. "Nós vamos abrir vias e caminhos para democratizar. Essa casa é casa da cidadania. Isso jamais podemos perder dos nossos olhos e da nossa missão."
A cerimônia de posse, na sede da órgão, na Cinelândia, também contou com a presença da Ministra da Cultura, Margareth Menezes. Ela ressaltou o valor deste novo momento e o currículo de Marco Lucchesi.
"Nos últimos anos vivemos infelizes momentos de um obscurantismo cultural, onde as políticas dessa fundação foram negligenciadas e que o papel do livro, da memória e da identidade nacional foram distorcidos e diminuídos. Então, em nosso tempo presente, é tempo de celebração. Penso que é super presente ter à frente dessa missão o escritor, poeta, romancista, amante da língua portuguesa, e amante da Biblioteca Nacional, o professor Marco Lucchesi", afirmou a ministra.
Lucchesi também reforçou a importância da Biblioteca e de seus funcionários para a sociedade. "A Biblioteca Nacional é dos mais belos ecossistemas do Brasil. Floresta de exemplos. Natureza e Cultura. Memória social, que cada geração buscou guardar. Por isso a minha grande homenagem, a mais sentida homenagem, aos servidores, aos agentes públicos, mas também a todos aqueles que se aposentaram."
Lucchesi é formado em história, mestre e doutor em Ciência da Literatura, e pós-doutorado em Filosofia da Renascença. É professor titular da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, "imortal" da Academia Brasileira de Letras, e foi presidente da instituição entre 2018 e 2021.
Durante o evento também foi anunciado o lançamento do novo prêmio literário da Fundação Biblioteca Nacional, o prêmio Akuli, com o objetivo de promover a fixação de cantos ancestrais e narrativas de oralidade recolhidas no Brasil, entre povos originários, ribeirinhos e de matrizes culturais africanas.
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