Mãe da bebê, Jéssica Medeiros, 19 esteve no IML nesta terça-feira Marcos Porto/Agência O Dia

Rio - A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) confirmou, nesta quarta-feira (31), que a morte da bebê Raquelle Medeiros dos Santos Machado, de 1 ano e 10 meses, em Duque de Caxias, foi causada por asfixia mecânica. De acordo com o laudo pericial, a menina teve broncoaspiração de líquido brancacento.

Assim como laudo preliminar, a conclusão dos peritos do Instituto Médico Legal não menciona qualquer possibilidade de abuso sexual. A suspeita havia sido levantada por parte da equipe médica da Unidade Pré-Hospitalar do Pilar (UPH), que atendeu a menina Raquelle, na tarde de segunda-feira (29), quando a menina passou mal.

A bebê foi levada à unidade pela própria mãe, Jessica da Conceição Medeiros, de 19 anos. Ela deu entrada na UPH já em parada cardiorrespiratória, recebeu medidas de reanimação, mas não resistiu. No atendimento, a médica que atendeu Raquelle teria identificado marcas de hematomas e esquimoses causadas por possíveis agressões.

Ainda no atendimento, teria levantado suspeitas o fato de uma camisinha ter sido encontrada dentro do lençol usado para enrolar a menina. A situação fez com que os profissionais acionassem a Polícia Militar. Em seguida, a Delegacia de Homicídios da Baixada foi acionada, onde Jéssica prestou depoimento e foi liberada.
Segundo a mãe, na especializada, os agentes disseram para ela que não houve crime. A Polícia Civil informou que a investigação está em andamento e diligências estão sendo realizadas para apurar a morte da bebê.
Em relato à imprensa no IML, a mãe da menina justificou a situação da camisinha. Segundo ela, o preservativo teria sido escondido entre as cobertas por crianças que estavam na sua casa, enquanto ela estava em outro cômodo. A mãe também teria explicado que as marcas no corpo de Raquelle foram causadas por uma tentativa de massagem cardíaca feita pelo tio.
De acordo com Jéssica, a filha sofreu uma crise de bronquite e estava com dificuldades para respirar e falar. Ela levou a bebê para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Lote XV, em Belford Roxo, também na Baixada Fluminense, mas não havia pediatra e os profissionais teriam se negado a prestar atendimento. Ao voltar para casa, a menina teria tido uma parada cardiorrespiratória e o padrasto da mulher tentado reanimá-la, o que teria provocado os hematomas.