João Matheus Teixeira Porto foi preso, apontado como o principal suspeito de matar Maria Eduarda Nascimento, de 19 anos, no Complexo da MaréReprodução/ Redes sociais

Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) converteu a prisão em flagrante de João Matheus Teixeira, de 22 anos, em preventiva, em audiência de custódia realizada na tarde desta quarta-feira (31). O preso é apontado pela Polícia Civil como o principal suspeito de matar a tiros a jovem Maria Eduarda Nascimento, de 19 anos, na madrugada de terça-feira (30), no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio. Na decisão, o juiz Diego Fernandes Silva Santos considerou a gravidade do crime supostamente praticado.
Ainda durante a audiência, a defesa de João Matheus requereu a soltura do cliente, considerando que, segundo seus advogados, não há provas concretas contra ele. Em depoimento na 21ª DP (Bonsucesso), o suspeito disse que Maria Eduarda era sua namorada e havia se ferido acidentalmente por tiros no interior de sua residência ao mexer em uma arma que ele guardava no local. João Matheus não soube informar em depoimento a procedência da arma. Após o depoimento, o rapaz foi preso em flagrante.
Família nega relacionamento
A tia de Maria Eduarda, Karen Gomes Cabral, disse que João atraiu a jovem para um encontro a sós em sua casa para cometer o crime. Ainda segundo a familiar, o suspeito ligou para a sua sobrinha pedindo para conversar com ela sobre a relação dos dois. Quando chegou na residência, ela foi atingida por tiros.
Karen afirma que a jovem dizia que não nutria sentimentos amorosos por João que, por sua vez, queria namorar com ela. "Esse rapaz insistia para ficar com a Maria Eduarda, mas ela não tinha interesse nele. Ele a chamou para conversar na casa dele e deu nisso. Quando minha irmã chegou no hospital, ela já estava sem vida. Nós pedimos por justiça, foi um caso de feminicídio, nós precisamos de justiça, por favor", pediu a tia da jovem.
O corpo de Maria Eduarda foi enterrado na tarde desta quarta-feira (31), no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio. O crime continua em investigação na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).