Rio - Nove integrantes de uma quadrilha que aplicava o golpe do empréstimo consignado foram presos em flagrante, nesta quarta-feira (31), no Centro do Rio. Policiais da 6ª DP (Cidade Nova) localizaram o bando em um escritório, após investigação e trabalho de inteligência. Entre os detidos está o homem apontado como líder da organização criminosa.
No imóvel, os agentes encontram uma estrutura de central de telemarketing, com os criminosos operando computadores.
De acordo com as investigações, com o auxílio de um programa utilizado por grandes empresas, eles faziam contato com diversas vítimas em potencial, principalmente idosos. Haviam até anotações com recomendações para ludibriar os alvos.
Todos os nove foram conduzidos à distrital para prestar esclarecimentos. Alguns deles já tinham anotações criminais por práticas semelhantes. Todos foram autuados por organização criminosa.
Ainda segundo as investigações, além de empréstimo consignado, os autores também davam golpes envolvendo cessão de crédito e mútuo financeiro. No escritório, os policiais ainda apreenderam computadores e celulares, que serão analisados para identificar as vítimas e outros possíveis envolvidos.
Golpistas presos em Madureira
Nesta última quinta-feira (25), agentes da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti) prenderam sete pessoas e fecharam uma central em Madureira, Zona Norte do Rio. Eles aplicavam o golpe do empréstimo consignado em idosos, aposentados e pensionistas.
Segundo a especializada, policiais foram ao endereço indicado após levantamento de informações e um trabalho de inteligência. No falso escritório foi encontrado um "call center" em que o grupo atuava disfarçado de operadores de telemarketing.
De acordo com as investigações, os golpistas entravam em contato com as vítimas, ofereciam crédito consignado e renegociação de dívidas. No entanto, quando recebiam os valores, não repassavam os créditos para os clientes. Após contato por telefone, as vítimas enviavam documentos pessoais pelo celular.
Ainda durante vistoria no imóvel, os policiais verificaram que os criminosos conversavam com pessoas de vários lugares do país, levantando a suspeita de que atuavam em outros estados do Brasil.
No local, foram encontrados diversos computadores, além de ferramentas de áudio e telefonia e, segundo a Polícia Civil, o escritório era utilizado como uma base de telemarketing.
Na chegada dos policiais, o grupo ainda tentou se livrar das provas, mas os agentes encontraram cópias físicas de roteiros de diálogos a serem estabelecidos com as vítimas, comprovantes de residência e dados cadastrais.
Os envolvidos, que não tiveram as identidades reveladas, foram encaminhados para a 73ª DP e autuados por organização criminosa.
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