Familiares e amigos de Maria Eduarda Nascimento, de 19 anos, no enterro da jovem, nesta quarta-feira (31), no Cemitério de Irajá, na Zona NorteCléber Mendes / Agência O Dia

Rio - O principal suspeito de matar Maria Eduarda Nascimento, de 19 anos, atraiu a jovem para um encontro a sós em sua casa, no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, para cometer o crime, na madrugada de terça-feira (30). Segundo a tia da vítima, Karen Gomes Cabral, João Matheus Teixeira Porto, preso pelo assassinato, ligou para Maria Eduarda pedindo para conversar com ela sobre a relação dos dois. Quando chegou na residência, ela foi atingida por tiros que, segundo a Polícia Civil, foram disparados pelo suspeito.
A jovem dizia que não nutria sentimentos amorosos por João que, por sua vez, queria namorar com ela. "Esse rapaz insistia para ficar com a Maria Eduarda, mas ela não tinha interesse nele. Ele a chamou para conversar na casa dele e deu nisso. Quando minha irmã chegou no hospital, ela já estava sem vida. Nós pedimos por justiça, foi um caso de feminicídio, nós precisamos de justiça, por favor", pediu a tia da jovem.
O corpo de Maria Eduarda foi sepultado na tarde desta quarta-feira (31), no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio. Bastante abalada, a tia da vítima lembrou da sobrinha como sendo uma jovem trabalhadora e que não tinha problemas com ninguém. "Hoje estamos sepultando uma jovem de 19 anos, com um filho de quatro anos, trabalhadora, não tinha problemas com ninguém", disse Karen.
Também nesta quarta-feira (30), pela manhã, a mãe de Duda, como era conhecida entre familiares, desabafou sobre a morte da filha após a liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML). "Ela me chamava de minha vida. Traz a nossa Dudinha de volta. É uma dor que eu não sei explicar", disse Lucilene Cabral. Maria Eduarda deixa um filho de quatro anos. 
Crime em investigação
De acordo com a Polícia Militar, agentes do 22º BPM (Maré) receberam a informação de que uma mulher, ferida por tiros, havia dado entrada no Hospital Geral de Bonsucesso, no bairro de mesmo nome. Ela foi socorrida por João Matheus até a unidade, mas não resistiu e morreu.
Diante da denúncia, militares estiveram no local e conduziram o homem à 21ª DP (Bonsucesso), onde ele prestou depoimento. Após a confirmação da morte de Maria Eduarda, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada.
De acordo com a Polícia Civil, o acusado se apresentou na sede da DHC acompanhado de um advogado e acabou preso em flagrante pelo crime. As investigações estão em andamento para esclarecer a dinâmica do crime.