Manifestantes ateiam fogo em ônibus na Av. Governador Leonel de Moura Brizola, sentido Duque de Caxias, na tarde desta sexta-feira (2)Divulgação

Rio - Os ataques contra três ônibus após ação policial no Corte Oito, em Duque de Caxias, nesta sexta-feira (2), foram repudiados pela Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro (Semove). De acordo com a entidade, que representa 184 empresas de transporte do Rio, nos últimos 10 anos 252 coletivos foram alvo de incêndio criminoso e a Baixada Fluminense concentra 90% dos casos.
Os ônibus alvo dos incêndios criminosos desta sexta-feira pertenciam a Viação Santo Antônio. Um dos coletivos trafegava pela Avenida Pedro Lessa, no bairro Olavo Bilac, quando foi parado pelos autores do ataque e incendiado. Outro coletivo estava na Avenida Presidente Kennedy. A ação teria acontecido em represália a morte de três suspeitos durante ação da PM na comunidade. 
A prática causou transtorno a moradores que tentavam retornar para casa e dependiam dos ônibus. Por volta das 20h, um número grande de pessoas se aglomerava na Rodoviária de Duque de Caxias aguardando por ônibus. A circulação, de acordo com relatos nas redes sociais, só foi normalizada no fim da noite. 
Segundo a Semove, a prática criminosa e a falta de cobertura de seguro para o crime atrapalha o investimento na renovação da frota e prejudica a população.
"O custo para reposição dos veículos incendiados desde 2014 soma, em valores atuais, mais de R$ 200 milhões. É importante destacar que um ônibus incendiado deixa de transportar cerca de 70 mil passageiros em seis meses, tempo mínimo para que haja a reposição de um veículo no sistema de transporte", esclarece a entidade.
A prática e demais crimes contra o transporte público coletivo podem ser denunciados pelo cidadão através do Disque Denúncia. O contato pode ser feito através do telefone 2253-1177.