Coletor tronco de Manguinhos vai ligar a rede de esgoto da região à Estação de Tratamento AlegriaPedro Ivo/Agência O DIA

Rio - No dia mundial do meio ambiente, o Governo do Rio entregou, nesta segunda-feira (5), a obra do coletor tronco de Manguinhos – que vai ligar a rede de esgoto da região à Estação de Tratamento Alegria, em Benfica, Zona Norte do Rio. Antes do feito, os dejetos eram despejados diretamente na Baía de Guanabara, contribuindo para a proliferação de doenças e danos ambientais. 
A execução das obras contemplou a implantação de 4,6Km de coletor tronco para a captação de 1.300 litros por segundo de esgoto, o equivalente a 44 piscinas olímpicas diárias. "A gente entende que assim vamos cuidar das próximas gerações e o Rio tem mostrado essa preocupação. Não é só ter a beleza natural, é cuidar dela. Acho que estamos no caminho certo, a concessão da Cedae se mostra uma certo e muitas vitórias como essa vamos ter", discursou o governador do Rio, Cláudio Castro.
Para Marcelo Obraska, professor do Departamento de Engenharia Sanitária e Meio Ambiente da Uerj, a medida é estratégica e extremamente importante, mas precisa da colaboração da população."É um feito muito caro, são tubulações de grande diâmetro e profundidade. O fato de estar conseguindo realizar essa obra é um grande feito. Agora, a questão é fazer com que os esgotos da região cheguem ao coletor tronco. As pessoas precisam ligar os esgotos na rede. Tem que tomar cuidado com o caminho que esse esgoto faz", disse o especialista. 
Com o investimento, a população beneficiada será de aproximadamente 600 mil habitantes, dos bairros de Bonsucesso, Benfica, Jacaré, Jacarezinho, Engenho Novo, Lins de Vasconcelos, Méier, Riachuelo, Rocha, Mangueira, Sampaio, além dos Complexos de Manguinhos e do Jacaré.
"A quantidade de esgoto captada pelo coletor representa quase metade da vazão que é tratada na ETE Alegria. Tudo indica que seja uma intervenção extremamente importante. A estação tem um sistema de reuso, que estava desativado, mas que pode ser ampliado para que boa parte desse esgoto, atendendo a legislação ambiental, seja reutilizado, ainda mais com esses problemas de insegurança hídrica", completou Obraska.