Exposição na Central tem figurinos criados a partir de uniformes reciclados da SuperVia
Em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, que é comemorado nesta segunda, evento tem peças produzidas por costureiras e pessoas trans
O Governo do Rio e a SuperVia promoveram no saguão da Estação Central do Brasil, um desfile com os figurinos produzidos pelo Curso de Formação de Moda Escola de Divines, que através da reciclagem utilizam uniformes que não seriam mais usados pela concessionária . Fotos: Pedro Ivo/ Agência O Dia - Pedro Ivo
O Governo do Rio e a SuperVia promoveram no saguão da Estação Central do Brasil, um desfile com os figurinos produzidos pelo Curso de Formação de Moda Escola de Divines, que através da reciclagem utilizam uniformes que não seriam mais usados pela concessionária . Fotos: Pedro Ivo/ Agência O DiaPedro Ivo
Rio - A Estação Central do Brasil recebe, nesta segunda-feira (5), um desfile de moda sustentável com figurinos que reciclam uniformes antigos de funcionários da SuperVia. Criadas por costureiras trans e pessoas trans da Escola de Divines, as peças fazem parte de uma iniciativa de conscientização para o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado neste dia 5.
O evento promovido pelo Programa Rio Sem LGBTIfobia, do Governo do Estado, e pela concessionária responsável pelos trens conta com 30 modelos autorais criados pela equipe LGBTI+ da escola. Expostas até a próxima sexta-feira (9), as peças aproveitam camisas, calças jeans e outras peças do uniforme dos funcionários da empresa que seriam descartados.
Segundo os organizadores da exposição, alguns dos tecidos utilizados nos figurinos criados levariam até 20 anos para se decompor na natureza. A criação, então, colabora para a discussão quanto a necessidade da criação de alternativas para o descarte correto e também para a reciclagem.
Um estudo da Universidade Politécnica da Catalunha (UPC), na Espanha, confirma isso ao estimar uma economia 25 quilos de dióxido de carbono (CO2) a cada quilo de roupa reaproveitada. A indústria têxtil é responsável por cerca de 10% das emissões globais de carbono e quase 20% do consumo de água, o que representa mais energia do que os setores de aviação e transporte marítimo juntos, segundo levantamento do Sistema de Federação das Indústrias do Estado do Paraná.
Para o estilista e cenógrafo Almir França, que é o coordenador da Escola de Divines, a exposição na Central do Brasil é uma oportunidade de levar a discussão sobre a consciência ambiental para mais pessoas.
"A Central do Brasil, além de ser esta beleza de arquitetura art dèco, é emblemática pelo número de pessoas que passam por aqui. Portanto, é uma grande possibilidade de levar essa consciência ambiental de que tudo se reaproveita, se reinventa e nada se desperdiça. Este é o tema central deste desfile", afirma o estilista.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.