Familiares de Michele divulgaram um cartaz pedindo ajuda para localizar Breno Giovaneli, suspeito do feminicídioReprodução

Rio - O principal suspeito de matar Michele Rodrigues Cunha Fernandes, de 34 anos, segue foragido. Na tarde desta segunda-feira (12), a irmã da vítima utilizou as redes sociais para publicar fotos de Breno França Giovaneli, marido da cabeleireira, apontado como o autor do crime em Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio.
"Doeu quando tive que responder ao meu filho se era verdade ou mentira que alguém tinha tirado a vida da tia dele covardemente. A tia dele que sempre foi presente e que sempre fez de tudo por ele. O que me dói mais ainda é saber que o causador de tanta dor ainda não foi punido e está se escondendo embaixo da saia de seus familiares", lamentou Munique Cunha.
Na manhã da última sexta-feira, Michele foi encontrada com um tiro na cabeça dentro de casa, na Rua Arquiteta Lúcia Engmann. Investigações iniciais apontam que o casal estava bebendo após voltar de uma festa e, por volta das 4h, a cabelereira foi ao quarto para buscar um carregador. Depois de 15 minutos, familiares ouviram um barulho muito alto e foram até a casa, onde encontraram a vítima caída e sangue.
Ao ser indagado, Breno falou que, enquanto estava no banheiro, Michele pegou a arma em cima do guarda-roupa e deu um tiro nela mesma. Outra versão dada pelo suspeito é que o botijão de gás tinha estourado na vítima. A arma usada não foi encontrada no local do crime.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) fez a perícia do local e investiga o caso. Após manifestações da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), foi expedido um mandado de prisão contra o homem pelo crime de feminicídio, com pedido de prisão temporária.
O corpo de Michele, que deixa um filho, foi sepultado no sábado, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque. "Hoje, eu me despedi de você. Irei guardar nossas lembranças boas e ruins. Éramos nós três na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Descansa em paz, meu amor. Eu lutarei pela nossa família e, principalmente, pelo nosso K. A justiça não vai terminar com a minha dor e não vai te trazer de volta, mas ela vai ser feita. Já estou morrendo de saudades. Descansa, minha guerreira. Que Deus te receba de braços abertos. Por aqui, vou tentar juntar meus cacos e seguir", desabafou Munique após o enterro.