Maurício da Conceição era de Santa Catarina e morava no Rio há dois anosReprodução

Rio - O soldado da PM Gustavo Evangelista Ferreira é suspeito de matar, na noite desta sexta-feira (16), o pedreiro Maurício da Conceição, de 32 anos, após uma briga familiar em São Cristóvão, Zona Norte do Rio. A Delegacia de Homicídios (DHC) e a 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, unidade subordinada à Corregedoria Geral da Polícia Militar, investigam o caso.
Segundo uma testemunha, o crime aconteceu após uma confusão entre mãe e filha. "Foi por volta de 22h20. A mãe entrou em luta corporal com a filha e parece que o namorado da menina, que é PM, tentou separar e deu um tapa no rosto da 'sogra'. Nisso, o marido da mãe foi pra cima dele e, então, o militar sacou a arma e deu um tiro no homem", relatou.
DIA apurou que Daiana Leandra, de 23 anos, namorada de Gustavo, se desentendeu com a mãe na frente do restaurante que administra, na Rua Alves Montes. Durante a briga, o militar, que é lotado no Quartel General da PM, bateu na mãe de Daiana e Maurício foi defendê-la. Em seguida, o pedreiro foi baleado na perna direita.
Testemunhas relataram ainda que o socorro demorou. "Ele estava perdendo muito sangue no chão e os bombeiros demoraram muito", disse outra pessoa. O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado às 22h53 para socorrer uma pessoa baleada em São Cristóvão. Maurício chegou a ser levado ao Hospital Municipal Souza Aguiar, mas não resistiu aos ferimentos.
O pedreiro é natural de São Paulo, foi criado em Pernambuco e vivia em Itajaí, em Santa Catarina. Morava no Rio de Janeiro há dois anos. Segundo familiares, ele se mudou para procurar oportunidades de emprego e, desde então, trabalhava como pedreiro.
Em nota, a Polícia Civil informou que a DHC investiga a morte de Mauricio e que agentes ouviram testemunhas e o autor do disparo. Além disso, Gustavo teve a arma apreendida e imagens de câmeras de segurança da região estão sendo solicitadas para esclarecer todos os fatos.
Ainda não há informações sobre a data e local do sepultamento da vítima.
*Reportagem do estagiário Leonardo Marchetti, sob supervisão de Thiago Antunes