UFRJ inaugura incubadora de negócios de impacto Social e Ambiental no Parque Tecnológico da Universidade. Nesta Terça-Feira (20). Na foto: Vicente Ferreira - Diretor do Parque Tecnológico.Pedro Ivo/Agência O Dia
Em toda a UFRJ, há 1.456 laboratórios em quatro campi: Ilha do Fundão, Praia Vermelha, Duque de Caxias (Xerém) e Macaé. Como nem todo pesquisador é um empreendedor, diz a professora, é papel dos Inovas identificar o que está sendo produzido por e professores e alunos e que têm potencial para se tornar uma nova empresa (startup) ou ser incorporado por outras em acordos de transferência de tecnologia.
"Chamamos a nova estratégia de esteira de inovação. Cada Inova hoje conta com profissionais selecionados em cada centro acadêmico. Um dos objetivos deles é mostrar aos próprios pesquisadores, professores e alunos que aquilo que estão desenvolvendo, aquela ideia que tiveram pode se transformar em um modelo de negócios que tem potencial de provocar impactos positivos na sociedade", diz a professora Eliane, da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis e coordenadora da mais recente incubadora de negócios da UFRJ, a Inyaga, voltada para o desenvolvimento de negócios de impacto social e ambiental.
Os resultados da nova metodologia já estão aparecendo. Segundo Vicente Ferreira, coordenador do Parque Tecnológico da UFRJ, em 2021 foram fechados oito contratos de transferência de tecnologia entre a universidade e grandes empresas e há outros 25 em processo de concretização.
"Para termos uma ideia comparativa, antes disso, em 100 anos de criação da universidade foram fechados 19 contratos do tipo. Nossa Agência de Inovação se limitava ao registro de patentes. Com essa reformulação proposta pelo Inovas, a ideia é que as tecnologias surgidas aqui sejam impulsionadas para chegar à sociedade da forma mais rápida possível", diz Vicente, que explica os rendimentos em torno de processo de transferência de tecnologia:
" A cada contrato fechado, a UFRJ é remunerada e um terço desse valor vai para os inventores, os professores e alunos que desenvolveram a tecnologia".
Na esteira de inovação, o Parque Tecnológico da UFRJ é um agente de destaque. Situado em uma área de 350 mil m² dentro da Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, ele é hoje ocupado por 30 empresas que interagem com os diferentes laboratórios da universidade para desenvolver soluções para os seus negócios. O espaço completa 20 anos neste ano:
"Se qualquer iniciativa empreendedora for identificada pelos Inovas dentro da universidade ela pode vir para o Parque Tecnológico para ser desenvolvida aqui. Ou podemos a ponte com empresas que já estejam situadas no parque por meio de transferência de tecnologia", detalha Vicente.
Para o ano que vem, antecipa Vicente, a expectativa é formar times que irão buscar, no mercado do Brasil e do exterior, empresas que possam ter interesse nas tecnologias que a universidade está desenvolvendo:
"Vamos ter uma atuação mais pró-ativa. A nível nacional, é uma chance de devolver para a sociedade soluções que vão impactar a economia que, à exceção de áreas como o agronegócio e o setor de óleo e gás, é carente de tecnologia e inovação de uma forma geral. É por meio desses vetores que a economia de um país cresce e promove geração de renda".
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