Mário Marcelo Santoro deu detalhes de como matou Cecília Haddad no segundo dia de julgamentoReprodução/TV Globo

Rio - A Justiça Federal do Rio de Janeiro condenou Mário Marcelo Santoro, de 45 anos, pela morte da ex-namorada Cecília Haddad, em 2018, na Austrália. O julgamento chegou ao fim na madrugada desta quinta-feira (22) e o engenheiro foi sentenciado a 27 anos de prisão em regime fechado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver da administradora. Em depoimento ao Tribunal do Júri, o réu confessou o crime.
O engenheiro foi condenado por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe pelo fim do relacionamento, por asfixia, considerado meio cruel, e pelo crime de feminicídio. O julgamento teve início na última terça-feira (20), pouco mais de cinco anos após o crime, e durante seu depoimento, Mário contou como matou Cecília, quando foi até sua casa pegar seu passaporte e a asfixiou após uma discussão. "Fui na tentativa de querer calar a boca dela. Infelizmente, foi quando teve a tragédia. Peguei o pescoço dela e apertei muito forte... Eu não queria fazer isso", afirmou ao júri. 
Entenda o caso
A brasileira Cecília Haddad, com 38 anos na época do crime, foi encontrada morta no Rio Lane Cover, no dia 29 de abril de 2018. No mesmo dia em que o corpo dela foi localizado pela polícia australiana, Mário Marcelo, então ex-namorado, desembarcava no Rio de Janeiro, vindo de Sidney, onde vivia com a vítima.
A Polícia Civil do Rio teve conhecimento do caso poucos dias depois do crime e a família contou aos investigadores que Santoro não aceitava o fim do relacionamento e que a administradora tinha medo dele. Após dois meses de investigações, o engenheiro foi preso na casa de parentes, na Zona Sul, e, desde então, aguardava a decisão da Justiça Federal detido.