Câmara terá economia de cerca de R$6 milhões ao ano em nova sedeLeonardo Martins/ @riocasaseprediosantigos
Câmara do Rio estabelece data para desocupação e transferência de sede
Quatro andares do Edifício Paulino Ribeiro Campos serão devolvidos aos proprietários
Rio - O setor administrativo da Câmara Municipal do Rio de Janeiro estabeleceu que iniciará o processo de desocupação e devolução de quatro andares, a partir do dia 1 de julho, do Edifício Paulino Ribeiro Campos, 51, na Cinelândia, Centro da cidade.
O órgão já notificou os locadores da antiga sede sobre a saída das salas alugadas devido a mudança para o Edifício Serrador, também na região central. É estimada uma economia mensal de cerca de R$ 100 mil de aluguéis e condomínio.
"A prioridade é o bom uso do dinheiro público, gerando economia com aluguéis, mas dentro de todo o processo legal, respeitando os trâmites e as exigências para que tudo seja feito de maneira correta e sem atropelos", afirmou o presidente da Câmara, vereador Carlo Caiado (PSD).
Na quarta-feira (21), a Câmara do Rio assinou o contrato de prestação de serviços de manutenção predial, primeiro requisito para o início dos trabalhos de mudança. Além deste contrato, foi aberta uma licitação para a gestão de projetos de engenharia e arquitetura que tem o prazo de conclusão de até 90 dias.
De acordo com o vereador Rafael Aloisio Freitas (Cidadania), também primeiro secretário da Casa, foi criado o Comitê de Transição, em janeiro, após a compra da nova sede, para mapear o prédio e dar início à contratação de serviços. "Uma mudança dessa grandeza, que vai reunir toda a estrutura de cinco imóveis, tem que ser feita com planejamento. Criamos dez grupos de trabalho para definir as necessidades de espaço por temas como engenharia, segurança, incêndio, tecnologia da informação, comunicação, entre outras", explicou.
A migração dos setores administrativos deve começar no final do mês de outubro, e toda a transferência deve ser concluída até julho de 2024. Com a conclusão da mudança, o órgão deverá ter uma economia de cerca de R$6 milhões ao ano.
A adaptação do prédio vai respeitar todas as características históricas do Edifício Serrador, construído em 1944. O heliponto que existia no local já foi excluído do cadastro da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), e funcionará apenas como um terraço panorâmico, e um café com acesso público será construído no térreo.
Centro Cultural
Após a desocupação, o Palácio Pedro Ernesto, que completa 100 anos em julho deste ano, será restaurado e transformado em um Centro Cultural, com exposições e espetáculos de música e teatro abertos à população.
Nova sede
O Edifício Serrador, que será a nova sede da Casa, já foi império do empresário Eike Batista e é avaliado em R$ 150 milhões.
A decisão da compra foi feita após a realização de um estudo realizado por peritos independentes, que comprova a adequação do valor do prédio ao preço de mercado. Segundo o documento, o Edifício Serrador poderia custar R$ 164 milhões, valor que está quase R$ 18 milhões acima do negociado, R$ 146,8 milhões.
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