Polícia Militar prende quatro homens com material para soltura de balão em Vigário Geral, Zona norte do RioDivulgação/PMERJ

Rio - Policiais da 16º BPM (Olaria) prenderam quatro homens, na manhã deste domingo (16), pela prática de soltar balão na Rua Porto Rico, em Vigário Geral, Zona Norte do Rio. O local que os presos foram encontrados com material para soltura de balão fica próximo ao Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão, e seu espaço aéreo. De acordo com a Polícia Militar, caso a soltura fosse feita poderia ter acontecido um desastre. 
Um balão de 8 metros, fogos de artifício e adesivos de identificação do grupo de baloeiros foram apreendidos. Os homens e o material para soltura do objeto foram encaminhados à 38ª DP (Brás de Pina), onde o caso foi registrado.
A prática de produzir, vender ou soltar balão é considerada crime e a pena pode chegar a três anos de prisão.

Operação "Caça balão"

No fim de junho, a Polícia Militar realizou a operação "Caça balão", para combater a soltura clandestina de balões no céu da cidade. Logo no início da ação, policiais do Comando de Polícia Ambiental (CPAm) resgataram um balão que estava caindo na Baía de Guanabara, próximo à Ilha Fiscal.

Aeroporto em alerta

O Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão, está em alerta com as ocorrências provocadas por balões. A concessionária que opera no local lançou a campanha de conscientização "Não Cai Balão" para apontar os perigos e a ilegalidade da prática.

De acordo com os números atualizados até maio de 2023 pela concessionária, houve 23 ocorrências de balões na área do aeroporto. No ano de 2022, foram registradas 68 ocorrências, quase a metade delas, 32, durante as festas juninas, entre junho e agosto. Com base nos dados, é esperado que o número de ocorrências se mantenha nos patamares do ano passado, ou até mesmo aumente, prevê a concessionária.
Queda de balões na rede elétrica já supera 2022

A queda de balões na rede elétrica da concessionária Light, na Região Metropolitana do Rio, superou todas as ocorrências do tipo registradas entre janeiro e dezembro de 2022. O alerta foi feito pela concessionária no dia 22 de junho, porque a preocupação com a prática, tipificada como crime, aumenta no período de festas juninas.

De janeiro até junho, a queda de apenas sete balões deixou 5.466 clientes da concessionária sem energia elétrica por um período de 3.928.693 de horas, segundo a Light. O município do Rio teve quatro ocorrências e as outras foram registradas em Queimados e São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

Os balões são muito perigosos porque, além do risco de incêndios, podem carregar cangalhas de fogos de artifícios na base e provocar explosões perto de residências, florestas, empresas e veículos. Quando o balão sobe, ele é carregado por correntes de ar e levado para locais imprevisíveis, colocando em risco o tráfego aéreo e milhares de passageiros que voam pelo estado todos os dias. Os balões também ameaçam o meio ambiente e destroem a fauna e a flora quando caem nas matas.