Brigões levaram pânico a ruas da Penha no domingo passadoReprodução/Redes sociais

Rio - Integrantes de organizadas do Flamengo e do Fluminense se envolveram uma briga, na tarde deste domingo (16), na Penha, Zona Norte do Rio. Houve muita correria e comerciantes, com medo, fecharam as portas de seus estabelecimentos até que a situação estivesse controlada. Às 16h, os dois times se enfrentam pelo Campeonato Brasileiro no Maracanã.
De acordo com a Polícia Militar, uma equipe do 16° BPM (Olaria) foi enviada à Avenida Brás de Pina, mas nada foi constatado. A corporação informou que o policiamento está reforçado na região.
Imagens que circulam na internet mostram dezenas de integrantes da torcida do Fluminense correndo. Alguns carregam pedaços de madeira e ferro nas mãos. Até o momento não há informação de feridos.
Veja os vídeos:
Reforço no policiamento
Segundo a Polícia Militar, policiais do Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (BEPE) trabalham em conjunto com o Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), o Regimento Polícia Montada (RPMont) e o Batalhão de Ações com Cães (BAC), somando-se ao efetivo dos batalhões de área. Além das unidades citadas atuando em todo perímetro interno e externo das arenas esportivas, o Grupamento Aeromóvel (GAM) da Polícia Militar faz o monitoramento aéreo.

O deslocamento de público para o Maracanã, ainda segundo a corporação, recebe atenção das unidades da Polícia Militar nas vias públicas e nos modais de transporte através do Grupamento de Policiamento Ferroviária (GPFer), outras unidades que margeiam as áreas de acesso ao estádio e do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE).

O planejamento de segurança repercute para além da capital do Estado. Os pontos de concentração de torcedores em municípios fora da cidade do Rio de Janeiro também conta com reforço no policiamento. "A Polícia Militar segue atenta à movimentação de possíveis membros de torcidas organizadas que estão impedidas de acessar o estádio, conforme determinação judicial", informou a PM.
Tragédia
Em abril deste ano, o cinegrafista Thiago Leonel Fernandes da Motta foi morto a tiros pelo policial penal Marcelo de Lima após uma partida entre Flamengo e Fluminense, na saída do Maracanã. Bruno Tonini Moura, amigo de Thiago, também foi baleado e ficou internado no Hospital Badim por quase um mês até receber alta.
De acordo com as investigações, o assassinato foi motivado por uma discussão política. Marcelo teria dito que "petista é igual flamenguista, tudo burro e ladrão", o que provocou a revolta das vítimas. O policial, que está preso preventivamente, responde por homicídio triplamente qualificado.