Barcas poderão ligar Santos Dumont e GaleãoReprodução

Rio - A Prefeitura do Rio concedeu a autorização para três grupos de empresas realizarem estudos técnicos, econômicos, financeiros e jurídicos visando à modelagem do projeto de operação de uma linha de barcas conectando os aeroportos Santos Dumont, na Marina da Glória, e Internacional Tom Jobim (Galeão), na Ilha do Governador.

O aviso público para a operação da linha foi emitido no final de junho, em resposta à primeira proposta conjunta recebida. Desde então, outros dois grupos também demonstraram interesse no projeto. O primeiro conjunto é composto pelas empresas Technion Engenharia de Tecnologia, Ilha Open Mall Ltda. e Netuno Transportes Marítimos Ltda; enquanto o segundo pela parceria entre Bureau da Engenharia Ltda e Saddy Advogados; e o terceiro grupo representado pela empresa C3 Engenharia Ltda.

Dentro do prazo de 90 dias, os grupos selecionados realizarão estudos aprofundados para determinar o melhor tipo de embarcação a ser utilizado, como será a estrutura da estação, estimar a demanda esperada e avaliar os possíveis impactos ambientais do projeto. A coordenação da estruturação estará sob a responsabilidade da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), garantindo a condução adequada e transparente de todas as atividades.

Após a conclusão e aprovação dos estudos, a Prefeitura poderá aproveitar os resultados total ou parcialmente, mediante a devida compensação financeira. Os valores de ressarcimento estão limitados a até R$ 500.000,00 para cada grupo.
Santos Dumont só vai operar voos para Brasília e Congonhas
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou, no início de junho, que o governo federal vai restringir os voos operados no Santos Dumont apenas para dois destinos: os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e o de Brasília. Com isso, o Galeão concentrará os demais voos domésticos.
A decisão foi tomada após a reunião de Paes com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, em Brasília. As mudanças devem entrar em vigor a partir de janeiro de 2024.
A situação dos dois aeroportos tem sido discutida há alguns meses. O governo e a prefeitura do Rio criticam o fato de que o Santos Dumont - administrado pela União através da Infraero - aumentou muito o número de voos. Isso provocou um esvaziamento do Galeão, administrado pela concessionária Changi, de Cingapura.