Neymar entrou no lago artificial dentro de sua mansão em Mangaratiba quando o espaço estava interditadoReprodução
MPRJ pede manutenção da interdição de lago na mansão de Neymar, em Mangaratiba
Decisão partiu da 3ª Procuradoria e foi enviada à 6ª Câmara de Direito Público, que acatou o pedido
Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu a manutenção da interdição das obras do lago artificial construído na mansão de Neymar, em Mangaratiba, na Costa Verde do estado do Rio. A decisão veio da 3ª Procuradoria junto à 6ª Câmara de Direito Público, que acatou o pedido.
Neymar já foi notificado sobre a multa de R$ 16 milhões pela construção e uso do lago artificial em sua casa no Condomínio Aero Rural. A notificação foi entregue no último dia 3 e ele tem até o dia 23 para apresentar recurso a fim de evitar pagar a punição.
Na decisão que determinou o valor da multa, a procuradora-geral Juraciara Souza Mendes da Silva entendeu que houve realização de obra passível de controle ambiental sem autorização, além da captação e desvio de água de rio sem autorização. Neymar também foi multado por ter entrado no lago após a interdição e por movimentação de terras e supressão de vegetação sem autorização.
As informações foram repassadas em um relatório técnico da equipe de fiscalização ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Mangaratiba. O documento, que enumera as irregularidades da obra, possui 46 páginas.
Entenda o caso
A operação na residência do jogador foi realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Mangaratiba em conjunto com a Polícia Militar Ambiental, a Polícia Civil e agentes do Grupamento de Proteção Ambiental do município. A ação se deu após denúncias baseadas em postagens de redes sociais, que mostravam uma grande obra sendo feita, sem autorização ambiental, na propriedade do jogador.
Diversas infrações ambientais foram descobertas pela equipe da prefeitura, tais como: desvio de curso de água, captação de água de rio sem autorização, captação de água para lago artificial, terraplanagem, escavação, movimentação de pedras e rochas sem autorização, e aplicação de areia de praia sem autorização ambiental. Em decorrência disso, a pasta decidiu interditar a área.
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