Postes com placas de energia solar no Arco MetropolitanoImagem de Arquivo/Agência ODIA

Rio - Grande promessa de prosperidade para o tráfego de veículos, o Arco Metropolitano virou alvo de bandidos, assaltos, ocupações irregulares, vandalismo e furtos de postes de energia elétrica. Inaugurado em 2014 com um custo de R$ 1,9 bilhão, a via expressa tem sido evitada por motoristas mais prudentes e quem se arrisca a passar por lá encontra dezenas de estruturas que sustentavam placas de energia solar caídas pelo canteiro central.
Os postes que ainda restam de pé nos trechos inicial e final da estrada, que liga Duque de Caxias até o Porto de Itaguaí, na Baixada Fluminense, estão sendo retirados por equipes da EcoRioMinas. Ao DIA, a concessionária informou que o sistema não funcionava quando assumiu a concessão, em setembro passado. "Os dispositivos acabaram se tornando um risco para os usuários da via, em caso de colisões, e por isso todos serão retirados", informou a administradora.
"Os postes estão armazenados em um depósito da concessionária, que definirá posteriormente a destinação correta para o material. O novo sistema de iluminação está em fase de estudos e, conforme previsto em contrato, será implantado até o quinto ano de concessão", completou a EcoRioMinas.
As obras do Arco Metropolitano tinham como objetivo desviar o intenso tráfego de veículos pesados que apenas atravessam a cidade do Rio, diminuindo, assim, os congestionamentos nas principais vias de acesso ao município. O foco era estabelecer uma ligação direta entre o Porto de Itaguaí e o Complexo Petroquímico em Itaboraí.
Um relatório do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) mostrou que cada poste custou R$ 27 mil aos cofres públicos. Os postes solares tinham um valor inicial de R$ 96,7 milhões, mas acabaram custando cerca de R$ 115 milhões no total. O investimento, contudo, virou alvo de ladrões, que realizaram sucessivos furtos das baterias que armazenavam a energia solar e garantiam a iluminação das pistas, que atualmente encontram-se no escuro.
Investimentos a vista
Desde que assumiu a concessão do trecho, a EcoRioMinas tem realizado serviços emergenciais de conservação. Ainda de acordo com a pasta, até o momento o Arco já recebeu revitalização do pavimento, melhorias e implantação de sinalização horizontal e vertical, reparo no sistema de drenagem, roçada nos canteiros e implantação de defensas metálicas. Junto com a sinalização horizontal, foram implantadas também novas tachas refletivas, conhecidas como olho de gato.
"Além disso, os usuários contam agora com inspeção da rodovia, realizada pela equipe de socorro mecânico da EcoRioMinas e serviço de guincho e ambulância, 24h. Uma base operacional também foi implantada no km 51+180, em Duque de Caxias. As estruturas servem como ponto de apoio para os motoristas e são compostas por sanitários, água, entre outras comodidades. Até 2025 todo o trecho terá câmeras de monitoramento e comunicação wireless", garantiu a concessionária.