Postes com placas de energia solar no Arco MetropolitanoSeverino Silva / Arquivo / Agência O Dia
TCE identifica sumiço de 49 postes de iluminação solar no Arco Metropolitano; prejuízo de R$ 1,3 mi
Órgão pediu explicação à Secretaria de Infraestrutura e Obras e ao Departamento de Estradas de Rodagem. Desaparecimento gera prejuízo milionários aos cofres públicos
Rio - Um relatório do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) apontou o sumiço de 49 postes de iluminação solar que deveriam ser instalados no Arco Metropolitano do Rio. Os postes foram comprados em 2014, cada um custou aos cofres públicos R$ 27 mil. O órgão apura se 21 desses equipamentos desaparecidos foram usados na obra do viaduto de Japeri, na Baixada Fluminense.
Equipes do TCE identificaram o sumiço durante auditoria na Secretaria de Infraestrutura e Obras e no Departamento de Estradas de Rodagem.
O desparecimentos dos postes causam um prejuízo de R$ 1,3 milhão aos cofres públicos. O TCE notificou os órgãos responsáveis, que deverão apresentar justificativas para o fato.
O DER-RJ informou que recebeu a notificação do TCE no último dia primeiro, com o prazo de 15 dias para apresentar esclarecimentos e, neste sentido, a atual administração da Fundação determinou a instauração de tomada de contas especial a fim de averiguar possíveis danos e responsáveis dos fatos que ocorreram no ano de 2017, durante a gestão do governo anterior.
Procurada, a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Obras (Seinfra) informa que ainda não foi notificada e não tomou conhecimento oficial recente de nenhuma demanda relacionada ao assunto em questão. Sobre a tomada de contas, o órgão confirmou que o procedimento já foi concluído e remetido ao TCE/RJ.
O Arco Metropolitano
As obras do Arco Metropolitano tinham como objetivo desviar o intenso tráfego de veículos pesados que apenas atravessam a cidade do Rio de Janeiro, diminuindo, assim, os congestionamentos nas principais vias de acesso à cidade. o foco era uma ligação direta entre o Porto de Itaguaí e o Complexo Petroquímico em Itaboraí.
A construção foi paralisada por várias vezes por conta de denuncias de superfaturamento. Apenas o trecho entre Duque de Caxias e Itaguaí foi inaugurado, em uma obra que custou R$ 2 bilhões. A rodovia é considerada como uma das mais perigosas, em termo de violência, do estado.
Os postes solares, por exemplo, custaram cerca de R$ 115 milhões aos cofres públicos. O valor inicial era de R$ 96,7 milhões.
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