Rio - A presidenta da República Dilma Rousseff e o governador Luiz Fernando Pezão inauguraram na manhã desta terça-feira o primeiro trecho da obra do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, que ligará o Porto de Itaguaí até o acesso à BR-040 (Rio-Minas), em Duque de Caxias e custou R$ 1,9 bilhão. A rodovia será aberta para a população a partir desta quarta e será administrada provisoriamente pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ).
GALERIA: Primeiro trecho do Arco Metropolitano é inaugurado
A rodovia terá velocidade máxima de 90 km/h (caminhões) e 100 km/h (carros de passeio). De acordo com o assessor da presidência do DER-RJ, Lineu Castilho, neste primeiro momento a operação do Arco Metropolitano será feita por três reboques pesados (para caminhões), cinco reboques leves (para carros) e sete viaturas de fiscalização de velocidade (radar móvel).
Dilma chegou ao local de helicóptero e foi recebida por ritmistas da Beija-Flor e da Grande Rio. Depois em seu discurso de inauguração, a presidenta ressaltou mais uma vez a importância da parceria entre os governos federal e estadual. Ela afirmou que mantém boa parceria com o governador Pezão e lembrou que o Arco Metropolitano abre uma nova fronteira de oportunidades sociais e econômicas para a Baixada Fluminense.
"Aqui é o caminho do futuro. Estamos abrindo oportunidades sociais e econômicas, atraindo empresas que vão gerar empregos para a população da Baixada Fluminense", disse.
Já Pezão também destacou a importância da união entre os governos, possibilitando que um projeto que estava há 43 anos na gaveta fosse concretizado. O governador voltou a repetir o "mantra" que tem usado nos últimos dias para destacar o apoio a presidenta Dilma no Rio de Janeiro. "Temos orgulho de trabalhar ao lado da senhora (presidenta Dilma) e da equipe de governo. Vamos continuar assim", afirmou o governador.
A solenidade contou com a presença do ex-governador Sérgio Cabral, do Prefeito do Rio Eduardo Paes, dos prefeitos de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, Alexandre Cardoso e Nelson Bornier, respectivamente, além de deputados federais e estaduais e diretores das empresas que fizeram parte da obra.
PIB do estado é elevado em R$ 1,8 bilhão
O projeto ainda não estará totalmente completo, mas já trará benefícios para o trânsito e para a economia fluminense. Segundo estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), a abertura dessa parte da via deve alavancar o PIB do estado em R$ 1,8 bilhão — cerca de 0,4% do valor atual.
“Só com essa primeira etapa em funcionamento, a indústria já passa a economizar 70% do custo logístico com o efeito do Arco na mobilidade. Importante ressaltar que o principal custo industrial é o logístico. Isso cria uma situação propícia para o surgimento de vários e diversificados setores industriais”, explicou Riley Rodrigues, especialista em Competitividade e Desenvolvimento da Firjan.
“O governo estima que mais de 30 mil veículos por dia usem a rodovia já a partir desta quarta-feira. O Arco é a obra estratégica mais importante do estado nas últimas décadas. A Baixada vai se transformar em uma grande área de logística”, disse o secretário estadual de Obras, Hudson Braga.
Trânsito deve melhorar
O desafogo de estradas com histórico de engarrafamento é motivo de entusiasmo para quem precisa se deslocar rotineiramente entre Baixada, capital e Região dos Lagos. “Vai ser uma mão na roda esse Arco. Hoje pego engarrafamento na Dutra e na Avenida Brasil, sem falar que tem o horário de restrição para passar na Ponte Rio-Niterói. Só podemos passar pela Ponte de madrugada. A gente, que é caminhoneiro, acredita que o Arco vai deixar as viagens muito mais rápidas”, disse André Francisco Guimarães, de 30 anos.
Já a veterinária Laís Machado Gribois, 24, não vê a hora de usar as novas pistas. “Trabalho num haras aqui em Seropédica, mas moro em Niterói. Gasto R$ 10,10 de pedágio na Dutra e mais os R$ 4,90 para entrar em Niterói. Além de levar menos tempo com o Arco, acho que vou economizar em pedágio e gasolina”, avaliou Laís.