Contra Marco Antônio de Oliveira Júnior, 29, foi cumprido um mandado de prisão temporáriaReprodução

Rio - A Polícia Civil começa, nesta segunda-feira (21), uma nova fase na investigação contra Marco Antônio de Oliveira Júnior, de 29 anos, suspeito de agredir uma criança de 6 anos, filho de sua namorada, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O homem foi preso na última quinta-feira (17) por agentes do programa Segurança Presente.
Ao DIA, o delegado José Mário Salomão, da 58ª DP (Posse), explicou que irá intimar as testemunhas para prestar depoimento na delegacia sobre o caso, incluindo a vítima e sua irmã, de 4 anos, que teria visto as agressões. Ambas as crianças serão acompanhadas de psicólogos especializados da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav). 
"Essa semana será iniciada as oitivas. Hoje começa com a parte de testemunhas. Vamos oficiar um psicólogo para acompanhar e poder ouvir as crianças. Tem diferentes pessoas requeridas na investigação. Tem uma que socorreu. A mãe será ouvida novamente. Vamos providenciar os laudos da perícia realizada. Agora começa o rumo final. A parte principal e inicial já foi feita. Agora sintetiza com as provas iniciais", explicou.
O delegado completou que o inquérito deve ser finalizado e enviado à Justiça até 20 dias. Marco está preso temporariamente após um cumprimento de um mandado de prisão temporária contra ele pelos crimes de tentativa de homicídio e lesão corporal. O homem foi encontrado na casa da irmã, no bairro Tinguazinho, depois de uma denúncia anônima. 
Segundo o tenente Leonardo Carvalho, a irmã do suspeito chegou a negar que ele estivesse escondido na residência, mas por conta da comoção que o caso gerou, afirmou que seria mais seguro que o homem se entregar, já que corria risco de ser agredido por moradores. Durante o seu depoimento, ele decidiu ficar em silêncio.
Relembre o caso
A criança foi encontrada desacordada dentro do banheiro de casa nesta terça-feira (15), no bairro Parque das Palmeiras. O momento foi presenciado pela irmã da vítima, de 4 anos, que pediu socorro a uma tia e contou que o companheiro da mãe havia sido responsável pelo ataque.
A filha mais velha, de 8 anos, também estava no local. O menino deu entrada no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), no bairro da Posse, com sinais de estrangulamento e marcas de possíveis mordidas. A principal linha de investigação é que Marco Antônio premeditou agredir e tinha a intenção de matar o filho da namorada.
"Não tenho dúvida de que tenha sido ele. Ele largou o garoto desacordado no banheiro, eu imagino que ele pensou que já tinha matado. Ele enforcou o garoto, espancou, parece que até mordeu, tem lesões que sugerem mordida, mas só o perito vai poder dizer isso. Eu não sei o que se passava na cabeça desse investigado, mas ele foi lá para matar o garoto. A linha principal de investigação é uma premeditação, ele esperou a mãe sair para voltar, não pode ser diferente, ele não tinha nada para fazer lá", declarou o delegado José Mário Salomão.
O titular da 58ª DP descartou a participação da mãe nas agressões contra o menino.
Questionada, a Prefeitura de Nova Iguaçu informou, nesta segunda-feira (21), que o paciente continua com quadro de saúde estável e internado na ala pediátrica do HGNI. O menino segue recebendo suporte das equipes médicas da unidade, de enfermagem, assistência social e psicologia.