Nycolle segue com projétil alojado no rostoArquivo pessoal
A sentença saiu após a decisão do Tribunal do Júri, presidido pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, no último dia 15 de agosto.
Segundo as investigações, Nycolle foi atacada por Marciano e seu filho, na época com 17 anos, na Praça São João, no Centro de Niterói. A agressão foi motivada por transfobia e intolerância religiosa, já que a vítima é uma mulher transexual e umbandista.
Na ocasião, a vítima contou que a desavença entre os dois começou quando Marciano se recusou a levar Nycolle em sua moto por ela ser transexual.
Dias após o ocorrido, Marciano seguiu fazendo ameaças contra ela e, ao saber de sua localização, pegou seu filho e o colocou para pilotar a moto enquanto eles procuravam pela vítima.
"Ele deu uma volta, foi lá no ponto de mototáxi e colocou o filho dele para pilotar a moto. Ele veio na garupa. Eu estava acendendo o cigarro, ele parou na minha frente, levantou a arma e disse: 'Você gosta de fazer macumba'. Eu levantei a cabeça e ele deu um tiro. Eu consegui levantar e correr. Nessa hora, ele tentou dar outro tiro. O filho dele falou 'a outra está ali'. Ele quis ir em cima da minha amiga para dar um tiro nela. Eu comecei a gritar, o pessoal da praça começou a gritar. Foi quando eles deram fuga", disse Nycolle na época.
Nycolle foi levada para o Hospital Estadual Azevedo Lima e recebeu alta no mesmo dia. A jovem, porém, segue com a bala alojada no rosto. Durante a internação, ela recebeu ameaças do atirador por mensagens de celular. Por fim, disse a uma amiga da mãe de Nicole que "o que ele não terminou, ele ainda vai terminar".
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.