Rio - Marcus Vinicius Cardoso Fazenda foi indiciado por homicídio doloso com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, pela morte do personal trainer Hitallo Muller Azevedo no último dia 26 de julho, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
De acordo com a Polícia Civil, o motorista dirigia embriagado na contramão e acima da velocidade permitida na via quando atingiu o personal trainer. Além de arrastar por cerca de 20 metros a moto em que Hitallo estava, Marcus Vinicius bateu em outros três veículos estacionados. Foi concluído, ainda, que o motorista dirigia a 83,4 km/h, sendo que a velocidade permitida neste trecho da via era de 70km/h.
Segundo as investigações da 16ª DP (Barra da Tijuca), no dia do ocorrido, Marcus Vinicius se envolveu em outro acidente por volta das 18h30 e recebeu uma multa por avanço de sinal vermelho às 15h54 na Estrada Coronel Pedro Corrêa, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio.
O inquérito aponta, ainda, que durante depoimento, uma testemunha afirmou que "sentiu forte cheio de bebida alcóolica dentro do carro de Marcus e que ele tentou ligar o carro para sair do local, mas o veículo não ligou". O médico do Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, que atendeu o motorista, afirmou, em depoimento, que "o paciente tinha forte hálito etílico".
Atualmente, Marcus Vinicius está internado no Hospital Casa de Portugal, no Rio Comprido, Zona Norte do Rio.
Familiares e amigos de Hitallo receberam a notícia do indiciamento como um primeiro passo. "Estamos satisfeitos, mas ainda precisamos saber o que o Ministério Público vai entender. A sensação é que subimos ainda o primeiro degrau", ressaltou Bárbara Brites, advogada e amiga da família.
Manifestação no Recreio
Dias após a morte de Hitallo, amigos e familiares se reuniram em um protesto próximo ao local em que o personal trainer foi atingido. Fernanda Rocha, tia da vítima, esteve no protesto e segundo ela, Hitallo era um homem trabalhador com diversos projetos para o futuro. "Quantas famílias vão ter que chorar? Um rapaz tão bonito, cheio de vida. Meu sobrinho era trabalhador e batalhador e tinha tantos projetos, mas sua vida foi interrompida no trajeto de casa. Tudo isso por causa da irresponsabilidade desse homem. A partir do momento que a pessoa pega um carro bêbado e sai dirigindo, ele assume o risco de matar", ressaltou Fernanda na ocasião.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.