Jenifer Carvalho Paes, de 19 anos, manteve um relacionamento com o suspeito por 10 mesesReprodução

Rio - O exame residuográfico do material encontrado sob as unhas da jovem Jenifer Carvalho Paes, de 19 anos, morta com um tiro no peito, na Rocinha, Zona Sul do Rio, deve levar até dez dias para ter resultado. De acordo com a Polícia Civil, a coleta feita no corpo da vítima sugere que houve luta corporal, mas só o laudo da perícia vai indicar de quem são esses restos de pele coletados.

A informação foi confirmada, nesta quinta-feira (31), por investigadores da 11ª DP (São Conrado), que trabalham com as hipóteses de feminicídio e suicídio. 

A polícia também fez exame para encontrar vestígios de pólvora nas mãos e roupas do ex-namorado da vítima, Gabriel de Oliveira Leal, 22 anos. Ele foi detido e encaminhado à delegacia, nesta quarta-feira, onde prestou depoimento sobre o caso e foi liberado.

O suspeito foi encontrado após ter sido alvo de sessão de espancamento praticada por traficantes da Rocinha. Os bandidos teriam cometido o ato em represália ao crime contra a jovem. Segundo familiares da vítima, Gabriel também teria sido forçado pelos criminosos a se apresentar na polícia.

De acordo com informações de agentes da 11ª DP, falar aos policiais, ele foi levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, Zona Sul, para atendimento com uma série de fraturas e com os dois braços quebrados. 
A Polícia Civil apura se Jenifer foi vítima de feminicídio praticado por Gabriel ou se ela se matou. O corpo dela foi encontrado, na segunda-feira (28), com um tiro no peito, dentro da casa em que morava com o namorado. O que se sabe até o momento é que a arma usada - que foi apreendida e também passou por perícia - pertencia a Gabriel.