Operação Alapar mira patrimônio oculto e investiga outros crimes do grupoDivulgação
Receita Federal realiza operação contra quadrilha suspeita de lavagem de dinheiro
Ao todo, 17 mandados de busca e apreensão foram cumpridos
Rio - A Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram, na manhã desta quinta-feira (31), a Operação Alapar, com o objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro proveniente de crimes de evasão de divisas, sonegação fiscal, fraudes licitatórias e bancárias. Ao todo, 17 mandados de busca e apreensão em municípios da região metropolitana de Vitória (ES) e nos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais foram cumpridos.
A operação contou com a participação de oito auditores-fiscais e analistas tributários da Receita Federal e 70 policiais federais, além de apoio logístico da Polícia Militar e da Marinha do Brasil, e é desdobramento das Operações Masqué (2019) e Arcano (2021), nas quais foram identificadas várias empresas de fachada utilizadas para envio irregular de dinheiro ao exterior. De acordo com o comando da unidade, os bens dos investigados foram bloqueados através de determinação judicial.
O esquema de ocultação de bens continuou ativo, mesmo com as operações anteriores. Foram identificadas novas operações de compra e venda de imóveis, automóveis de luxo, embarcações e um helicóptero, todos em nome de empresas de fachada e de laranjas.
O grupo operava através do uso de documentação irregular de comércio exterior para garantir operações de câmbio junto a corretoras de valores, enviando recursos de forma ilícita. As pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema foram fiscalizadas por auditores-fiscais da Receita Federal e, atualmente, mais de R$ 700 milhões referentes a tributos e multas encontram-se inscritos em dívida ativa.
Há indícios de que a quadrilha constituiu ou adquiriu empresas para efetivar a terceira fase do crime de lavagem de dinheiro, denominada integração. Nessa etapa, por meio de operações aparentemente lícitas, os recursos obtidos de maneira ilegal são integrados ao patrimônio legítimo dos beneficiários, com objetivo de dificultar ou impossibilitar o rastreio dos crimes antecedentes e, por consequência, a origem ilegal do dinheiro.
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