B.L.S, de 7 anos, permanece internado no Hospital Municipal Pedro IIDivulgação/Prefeitura do Rio
PM reforça policiamento em Santa Cruz após mortes de mulheres em guerra de milícia
Menino de 7 anos baleado na troca de tiros permanece internado. Mãe da criança e outra vítima atingidas não resistiram
Rio - A Polícia Militar reforçou o policiamento em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, após um intenso confronto entre milicianos rivais ter provocado as mortes de duas mulheres e deixado uma criança de 7 anos ferida. A troca de tiros aconteceu na tarde desta quinta-feira (31), na localidade conhecida como Alvorada, no bairro João XXIII, e o trio estava dentro de um carro quando foi atingido. Uma das vítimas morreu ainda no local e as outras duas foram socorridas para uma unidade de saúde da região.
Mãe e filho, Stefany Barros e B.L.S, foram encaminhados para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, mas a mulher não resistiu aos ferimentos. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o quadro da criança é considerado estável, nesta sexta-feira (1º). Segundo a PM, o 27º BPM (Santa Cruz) foi acionado para a unidade, onde confirmou a entrada das vítimas e foi informado que outra pessoa morreu no local do confronto. O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Ainda não há informações sobre horário e local dos sepultamentos.
Segundo testemunhas, um miliciano ligado ao grupo de Alan Ribeiro Soares, o Nanan, estava em uma barbearia, quando criminosos do grupo paramilitar de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, apareceram em um veículo e atiraram contra ele, provocando o tiroteio. Apesar do clima de tensão, a Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que as unidades escolares atendem normalmente nesta sexta-feira, bem como as unidades de saúde, de acordo com a SMS.
Desde a morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, em 12 de junho de 2021, Santa Cruz tem vivido uma rotina de violência com a disputa entre milicianos rivais. Alan Ribeiro Soares, o Nanan, apontado como um dos homens de confiança do paramilitar, passou a disputar o território depois que o irmão do então chefe, Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, assumiu a liderança do grupo criminoso. Nanan teria conseguido tomar locais antes controlados por Zinho, o que intensificou a guerra na região.
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