Martha Braz de Azevedo, de 66 anos, morreu depois de ser baleada dentro de casa na Praça SecaReprodução
'Nem dentro de nossos lares estamos mais seguros', desabafa amiga de idosa morta na Praça Seca
Martha Braz de Azevedo, de 66 anos, foi atingida por um tiro de fuzil quando estava sentada assistindo TV em um dos acessos ao Morro do Divino; ela foi enterrada neste domingo (3) no Cemitério de Campo Grande
Rio - "Essa perda nos mostrou que nem dentro de nossos lares estamos mais seguros. Foi uma perda dolorosa para todos". Esse é parte do desabafo de uma vizinha da idosa Martha Braz de Azevedo, de 66 anos, que morreu depois de ser baleada dentro de casa na noite desta sexta-feira (1º) na Praça Seca, Zona Oeste do Rio. A mulher foi sepultada na tarde deste domingo (3) no Cemitério de Campo Grande, também na Zona Oeste.
A amiga, que preferiu não ser identificada, contou ao DIA que Martha foi atingida por um tiro de fuzil no pescoço e não resistiu. Segundo ela, o filho da vítima tentou ajudar a mãe. A idosa morreu enquanto estava sentada assistindo TV.
"Ela tomou um tiro de fuzil no pescoço e não resistiu. Os bombeiros chegaram e ela já estava morta. O filho que tentou ajudar na hora, mas infelizmente ela veio a óbito. Para mim e todos os vizinhos, infelizmente, foi uma perda dolorosa. O filho estava sem chão todo sujo de sangue de tanto que tentou salvar a mãe e se culpou, pois disse que ele queria estar sentado no lugar dela. Cena triste!", contou.
A vizinha explicou que Martha era uma pessoa muito querida no local onde mora e que deixou dois netos e dois filhos, além de diversos amigos. A morte da idosa aconteceu em um dos acessos ao Morro do Divino e preocupa os moradores da região.
"Uma grande querida. Super mãe, super avó, que deixou dois netos, dois filhos e uma família que amava muito. Deixou muitos amigos, pois a Martha sempre foi uma boa vizinha, carinhosa com todos e zelava por todos. Ajudava a todos quando precisavam. Essa perda nos mostrou que nem dentro de nossos lares estamos mais seguros num momento de descanso sentada no sofá de seu lar. Estamos com medo de ir e vir, de deixar nossos filhos saírem de casa, com muito medo pois esse tiroteio não tem hora de começar. De manhã, a tarde e a noite, e não tem explicação a quantidade de armamento que esses criminosos têm. Enquanto isso não acabar, muitas pessoas serão mortas", completou.
Relembre o caso
Martha morreu depois de ser atingida por uma bala perdida na noite de sexta-feira (1º) dentro de sua casa na Rua Espírito Santo, na Praça Seca, um dos acessos ao Morro do Divino.
Segundo a Polícia Militar, agentes do 18º BPM (Jacarepaguá) foram acionados para verificar uma ocorrência de lesão corporal na rua citada. No local, os policiais foram informados de que a mulher teria sido ferida por disparo de arma de fogo quando estava na sua residência.
A vítima chegou a ser socorrida por equipes do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu ao ferimentos. A PM ainda informou que não havia operação ou ocorrência envolvendo equipes da unidade no local.
Questionada, a Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga a morte da mulher. A investigação segue em andamento para apurar a autoria do disparo.
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