Maria de Lourdes Ferreira, de 65 anos, foi vista pela última vez em rua do bairro São Francisco Xavier, Zona NorteReprodução

Rio - A família da idosa Maria de Lourdes Ferreira, de 65 anos, que estava desaparecida desde sábado passado (2), após sair para encontro marcado pela internet, acredita que ela vinha sendo mantida em cárcere privado em um hotel de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ela foi encontrada no fim da noite desta segunda-feira (4). Segundo sua filha, Carina Batista, ela era impedida de usar o telefone e de contatar parentes. 
"Essa pessoa manteve a minha mãe em cárcere privado, retendo o seu celular e impossibilitando sua comunicação com qualquer parente, amigo ou a própria filha. (Ela) nem sabia descrever o local ao certo em que se encontrava. Ela não estava bem e com a pressão altíssima, muito mobilizada", disse.

O caso, que já vinha sendo investigado pela Divisão de Descoberta de Paradeiros da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), foi registrado pela família novamente como crime de cárcere privado. 
"Ele não foi preso, só conseguimos fazer a denúncia mesmo. A única coisa que a polícia nos orientou é aguardar. Tenho pouquíssimas informações sobre essa pessoa. Só tenho nome e sobrenome, sei que é brasileira, mas que vive no Estados Unidos e vem esporadicamente ao Brasil. Numa dessas vindas, essa pessoa veio, encontrou minha mãe e aconteceu o que aconteceu", explicou.
Maria de Lourdes e o homem se conheceram na internet e nunca tinham se encontrado pessoalmente. O primeiro encontro foi marcado no Catete, na Zona Sul.
A filha explica ainda que os familiares só encontraram a mãe porque conseguiram o telefone de contato do homem com quem Maria iria se encontrar. "Ele não sabia explicar o que aconteceu, não sabia responder nossas perguntas", disse a pedagoga.
Segundo ela, a aposentada foi encontrada com estado de saúde debilitado: "Estamos com ela no hospital em observação, para que a glicose e a pressão estejam realmente regularizadas".