A menina foi socorrida por uma viatura PRF após ser baleada Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Segundo o policial, ele e dois colegas começaram a perseguir o veículo depois que foi constatado que o carro era produto de um roubo. O agente disse que depois de 10 segundos atrás do veículo, os policiais escutaram um som de disparo de arma de fogo, chegando a se abaixar dentro da viatura. Ele admitiu ainda que atirou três vezes com um fuzil calibre 556 na direção do carro onde a criança estava com a família, pois a situação o fez supor que o disparo havia sido feito do veículo.
O pai da menina, William Silva, prestou depoimento na tarde desta sexta-feira (8) também na 48ª DP (Seropédica) para esclarecer a denúncia de roubo vinculada à placa do veículo em que eles estavam, adquirido há dois meses pela família.
Em depoimento à polícia, William relatou que o então proprietário, que ainda tem seu nome no documento, teria apresentado o recibo de compra e venda do veículo (CRV) no processo da compra do carro. O vendedor do automóvel teria realizado uma consulta da placa no sistema do Detran e enviado a ele, portanto, não imaginava que havia registro de roubo ao veículo no ano anterior.
Ainda segundo ele, o quadro de saúde da filha é estável. "A cirurgia segundo os médicos foi um sucesso, graças a Deus. Ela está entubada, mas está bem. Ela vai ficar bem, tenho fé", disse o pai.
Em nota, a Polícia Rodoviária Federal informou que afastou, preventivamente, os três agentes envolvidos das ações operacionais, "inclusive para atendimento e avaliação psicológica", e a arma do policial que fez os disparos foi apreendida para perícia.
A instituição disse ainda que as circunstâncias da ação estão em apuração pela Corregedoria e que colabora com as investigações da polícia judiciária para o esclarecimento dos fatos. "A PRF expressa seu mais profundo pesar e solidariza-se com os familiares da vítima, assim como está em contato para prestar apoio institucional".
O caso foi encaminhado à Polícia Federal.
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