Aeroclube onde ultraleve atingiu estudante da EsPCExReginaldo Pimenta/Agência O Dia

Rio - A Polícia Civil identificou o piloto responsável pelo ultraleve que atingiu e matou a estudante da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) Caroline Kethlin de Almeida Ribeiro, de 22 anos, no Aeroclube de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no último sábado (9).

O homem, que ainda não teve a identidade revelada, vai prestar depoimento após a oitiva das testemunhas. De acordo com o delegado José Mário Salomão, titular da 58ª DP (Posse), responsável pelas investigações, ele vai responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

“A informação confirmada é que a vítima encontra-se em morte encefálica. E por esse motivo, por si só, o tipo penal já modifica bastante, sai da lesão corporal culposa para homicídio culposo. Diante disso, todas as perícias que forem possíveis serão requisitadas e executadas”, explicou o delegado.

As testemunhas do caso devem ser ouvidas a partir desta segunda-feira (11) e, entre elas, está o pai da vítima, que a acompanhava no momento do acidente. Segundo informações preliminares, Carolina estava caminhando no canto da pista quando foi atingida pelo ultraleve.

Ainda de acordo com o delegado, além dos depoimentos e da perícia, outras circunstâncias envolvendo o acidente também vão ser analisadas. “Tem muito mais coisas além da perícia e da oitiva de testemunhas, por exemplo, tenho que consultar a aeronáutica sobre as condições meteorológicas do dia, a força do vento, direção do vento, tudo a respeito de um funcionamento de aeronaves, para eu poder me posicionar até que ponto é prudente ter decolado o avião ou não”, disse.
No momento, o corpo de Carolina está no processo para doação de órgãos e deve ser encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) ainda nesta segunda, para realização do exame de necropsia, que vai ser inserido nas investigações junto com dados hospitalares.

“Quando ela for encaminhada para o IML, todos os laudos vão ser juntados, desde a entrada dela no hospital, com os dados de socorristas, e a necropsia que vai ser realizada e determinar qual foi a causa da morte”, informou o delegado.

Caroline estava praticando esportes na pista do Aeroclube quando foi atingida. Ela chegou a ser socorrida e encaminhada em estado gravíssimo ao Hospital Geral de Nova Iguaçu e foi internada no CTI da unidade. Horas depois de a vítima dar entrada, o hospital abriu protocolo de morte encefálica e os médicos realizaram uma série de exames na paciente para avaliar seu estado clínico e neurológico, mas a paciente não respondeu. O falecimento foi confirmado na tarde de domingo (10).

A Polícia Civil realizou, nesta segunda, uma perícia no ultraleve e identificou que a aeronave não iria decolar, mas estava realizando um teste de rolagem. Durante a execução, puxou para o lado direito, atingindo a menina com a estrutura da asa.