Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, é o miliciano mais procurado do Rio de JaneiroDivulgação

Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) determinou, nesta segunda-feira (11), a prisão preventiva de seis envolvidos no assassinato do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, e seu cunhado Maurício Raul Attalah. Os réus, que respondem por homicídio e associação criminosa, são três lideranças da milícia que atua na Zona Oeste do Rio e três apontados como responsáveis pelos disparos que atingiram as vítimas. São eles:
- Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, chefe da organização criminosa;
- Rodrigo dos Santos, o Latrell, braço direito de Zinho;
- Matheus da Silva Rezende, o Fausto, sobrinho de Zinho;
- Alan Ribeiro Soares, o Nanan;
- Paulo David Guimarães Ferras, o Costelinha;
- Yuren Cleiton Felix da Silva, o Naval.
Na decisão, a juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, da 1ª Vara Criminal do Rio, ressaltou que as investigações apontaram que a execução foi motivada por uma suposta tentativa por parte de Jerominho de retomar o comando da milícia que atua na Zona Oeste.
"A prova da existência dos crimes, bem como os indícios de autoria se encontram demonstrados notadamente através dos laudos acostados aos autos e pelas diligências realizadas durante a investigação policial, que apurou que Jerônimo Guimarães Filho e Maurício Raul Atallah teriam sido assassinados em virtude de disputas relacionadas, principalmente, ao controle de milícia privada que atua na Zona Oeste", escreveu.
As investigações do Ministério Público do Rio aconteceram a partir da quebra de sigilo de dados de celulares apreendidos durante um desdobramento da Operação Dinastia, realizada com apoio da Polícia Federal.
Relembre o caso
Jerônimo Guimarães Filho e Maurício Raul Attalah foram baleados em agosto de 2022, na Estrada Guando Sapé, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Jerominho morreu logo após os disparos, mas Maurício passou um mês internado no Hospital Municipal Rocha Faria antes de morrer.
Imagens capturadas por câmeras de segurança flagraram o momento do ataque. Três homens encapuzados e armados descem do carro segundos depois que o ex-vereador também deixa o volante do veículo em que estava. Eles fazem pelo menos dez disparos e fogem. A ação dura pouco mais de dez segundos.
Quem foi Jerominho
Integrante do grupo miliciano Liga da Justiça, que atuava no Batan, comunidade da Zona Oeste do Rio, Jerominho foi vereador pela cidade do Rio de Janeiro e é irmão de outro integrante da milícia, o ex-deputado estadual Natalino Guimarães. Ele é acusado também de extorsão contra motorista de vans e de ser mandante da morte de um deles, em 2005.