Cláudio Luiz Silva de Oliveira cumpre pena de 34 anos de prisão pela morte da juíza Patrícia AcioliArquivo / Agência O Dia

Rio - O ex-tenente coronel da Polícia Militar Cláudio Luiz Silva de Oliveira, condenado a 34 anos e seis meses de prisão pela morte da juíza Patrícia Acioli, recebeu uma autorização da Justiça do Rio, nesta segunda-feira (11), para começar a frequentar aulas do curso de graduação em Ciências Sociais, na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
O pedido de saída para estudar veio da defesa do ex-PM e aceito pelo juiz Marcel Laguna Duque Estrada, da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). Segundo o magistrado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já tinha afirmado que Cláudio "ostenta comportamento carcerário satisfatório" e foi confirmado que ele está matriculado no curso da UFF.
O ex-PM conseguiu a vaga na universidade para o segundo semestre deste ano. Ele irá fazer as disciplinas "Antropologia I", "Saber e Diversidade Cultural", "Sociologia I", "Introdução à Metodologia das Ciências Sociais" e "Política I".
O juiz autorizou a saída de Cláudio do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, onde ele está preso, duas horas antes do início das aulas. O retorno deve acontecer em até duas horas após o término.
Pena
Até o momento, o ex-oficial cumpriu 37% da pena, faltando ainda 21 anos de detenção. Ele está preso em um regime semiaberto, mas apesar do método, a Justiça do Rio negou os benefícios solicitados para deixar a cadeia para trabalhar e ficar com a família por alguns períodos. Nesta decisão, Duque Estrada justificou que existem condições que não recomendam a concessão das chamadas saída extramuro ou visita extramuro, porque o tenente-coronel foi condenado por crimes graves.
Cláudio foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado e associação criminosa. Ele foi apontado como o mandante da morte da juíza Patrícia Acioli, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, no ano de 2011. Na época, Cláudio era comandante do 7º BPM (São Gonçalo).
Em maio deste ano, ele foi demitido da corporação. Sua defesa tentou revogar a decisão do governador Cláudio Castro (PL), mas a Justiça do Rio negou o recurso em junho deste ano.