Yohan Tairik foi baleado na cabeça enquanto estava em um ponto de ônibus no dia 11 de setembroRede Social

Rio - A juíza Priscilla Macuco Ferreira, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), manteve, durante audiência de custódia nesta terça-feira (19), a prisão do empresário Cláudio Rodrigues de Oliveira Bastos, suspeito de mandar matar Yohan Tairik Guimarães Costa, que seria seu amante. O crime aconteceu em Niterói, Região Metropolitana do Rio, no dia 11 de setembro.
Cláudio foi preso na segunda-feira (18) por agentes da 79ª DP (Jurujuba). Em sua decisão, a magistrada verificou a legalidade do ato prisional e as circunstâncias da prisão do suspeito. Como o homem não disse sobre ter sofrido algo, a magistrada manteve a prisão. Cláudio responde por homicídio qualificado. 
A defesa do empresário entrou com um pedido de prisão domiciliar apresentando documentos médicos, mas a juíza avaliou que nenhum dos exames indica que Cláudio é portador de doença grave e que não houve comprovação de que ele não possa receber atendimento médico na unidade prisional. O pedido de liberdade provisória também foi negado.
Exposição de relacionamento
As investigações da 79ª DP apontam que o crime teria sido motivado após a vítima ameaçar expor o relacionamento extraconjugal dos dois, já que ambos eram casados. Por isso, Cláudio teria armado uma emboscada contra Yohan.
O caso ocorreu um pouco antes das 7h na Estrada Aristides Melo, altura do bairro Muriqui, em Niterói, no dia 11 de setembro. O suspeito teria atraído a vítima até o local dizendo que ele iria se encontrar com um contratante para que ele pudesse trabalhar como caseiro em um sítio da região.
No entanto, imagens de câmeras de segurança registraram um homem, que seria o executor do crime, chegando no local antes da vítima. Nas gravações, ele desembarca do carona de uma motocicleta às 5h33 e permanece aguardando a chegada de Yohan, que também desembarca do carona de uma motocicleta às 6h25. Logo em seguida, no horário de 6h45 o executor se aproxima da vítima e atira levando em seguida seu aparelho celular. O executor é registrado durante o tempo que permanece na cena do crime, em boa parte falando ao telefone celular.
Após o assassinato, o homem que atirou na vítima fugiu em um ônibus. As imagens também foram obtidas pela polícia.

Segundo a Polícia Civil, existem fortes indícios de que as tratativas de intermediação do emprego foram iniciadas pelo suspeito a partir do mês de julho, culminando no dia em que a vítima permaneceu no local aguardando a chegada do contratante, em local meticulosamente planejado para a execução. A investigação prossegue com o objetivo de identificar o executor.

Os agentes chegaram até o mandante com a ajuda da mulher de Yohan, que mostrou prints de conversas entre os amantes. Durante a busca e apreensão foram apreendidos com o suspeito um aparelho celular e um laptop.