Max Lopes morreu neste sábado (23) vítima de um câncerFoto: Rede Social

Rio - O corpo do carnavalesco Max Lopes, de 85 anos, será cremado nesta terça-feira (26), no Cemitério Parque da Colina, no bairro Pendotiba, em Niterói, na Região Metropolitana. Imortal da Academia Brasileira de Belas Artes, o sambista, conhecido como "Mago das Cores", morreu na noite do último sábado (23).

O velório, aberto ao público, está marcado para ter início às 10h15. Já a cremação será realizada às 12h15.

Ele estava internado no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, em Maricá, e lutava contra um câncer de próstata avançado. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Max deu entrada na unidade em meados de agosto com um quadro de insuficiência múltipla dos órgãos, em decorrência da doença.

História no samba

Tricampeão do Carnaval do Rio, Max começou sua trajetória no samba como passista na Acadêmicos do Salgueiro, ainda na década de 60. No início dos anos 70, se tornou assistente do carnavalesco Fernando Pamplona.

Em 1976, deu início a sua carreira como carnavalesco na Unidos de Lucas, onde assinou seu primeiro desfile: "Mar baiano em noite de gala". Ele ficou por um ano na escola.

No ano seguinte, teve sua primeira de três passagens pela Imperatriz Leopoldinense. Na Rainha de Ramos, conquistou o título dos desfiles das escolas de samba com o enredo "Liberdade! Liberdade! Abra as Asas sobre Nós", em 1989.

Pela Estação Primeira de Mangueira, foi campeão em duas oportunidades. Na inauguração do Sambódromo, em 1984, o carnavalesco triunfou com o samba "Yes! Nós Temos Braguinha". Já em 2002, a Mangueira foi campeã com o enredo "Brasil com 'Z' é pra cabra da peste, Brasil com 'S' é nação do Nordeste".

Na Viradouro, de Niterói, garantiu um campeonato nas divisões de acesso, em 1990, com o samba "Só vale o escrito".

Antes de encerrar a carreira, em 2018, Max também teve passagens pela Unidos de Vila Isabel, União da Ilha do Governador, Estácio de Sá, São Clemente, Acadêmicos do Grande Rio, Porto da Pedra e Acadêmicos de Santa Cruz. O carnavalesco também atuou como comentarista pela Rede CNT.
Homenagens

Nas redes sociais, as escolas de samba por onde passou prestaram sua última homenagem ao carnavalesco que marcou a história de muitas delas. A Mangueira publicou “Max faz parte da história da Mangueira e foi responsável por títulos e carnavais inesquecíveis. Em 1984, fomos consagrados com o Supercampeonato numa homenagem a Braguinha; e em 2002, com o Nordeste levamos mais um título.”



Já a Imperatriz disse: “Max iniciou sua trajetória na Imperatriz em 1977, com o Enredo “Viagens Fantástica às Terras de Ibirapitanga” e foi campeão, em 1989, com o enredo “Liberdade! Liberdade! Abra as Asas Sobre Nós”. Todos os Leopoldinenses lhe agradecem por toda dedicação ao nosso pavilhão.”


Viradouro: "A Viradouro lamenta profundamente o falecimento do carnavalesco Max Lopes. Max teve três passagens pela Viradouro, desenvolvendo os Carnavais de 1990, 1991, 1992, 1993, 2013 e 2016. Fica o legado de um artista único do nosso Carnaval. Descanse em paz!"