Carnavalesco Max Lopes, o Mago das Cores, morreu aos 85 anosReprodução

Rio - O carnavalesco Max Lopes, 85 anos, morreu na noite deste sábado (23). Imortal da Academia Brasileira de Belas Artes, o sambista conhecido como 'Mago das Cores' estava internado no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, em Maricá.
De acordo com Secretaria Municipal de Saúde, Max deu entrada na unidade em meados de agosto com um quadro de insuficiência múltipla dos órgãos, em decorrência de um câncer de próstata avançado. "O paciente ficou internado até a noite, quando evoluiu a óbito em virtude de uma parada cardiorrespiratória. O hospital aguarda os familiares para a liberação do corpo", informou a pasta.
Tricampeão do Carnaval do Rio, Max começou sua trajetória no samba como passista na Acadêmicos do Salgueiro, ainda na década de 60. No início dos anos 70, se tornou assistente do carnavalesco Fernando Pamplona.
Em 1976, Max deu início a sua carreira como carnavalesco na Unidos de Lucas, onde ficou por um ano até ter sua primeira de três passagens pela Imperatriz Leopoldinense. Na Rainha de Ramos, conquistou o título do desfiles das escolas de samba com o enredo "Liberdade! Liberdade! Abra as Asas sobre Nós", em 1989.
Pela Estação Primeira de Mangueira, o Mago das Cores foi campeão em duas oportunidades. Na inauguração do Sambódromo, em 1984, o carnavalesco triunfou com o samba "Yes! Nós Temos Braguinha". Já em 2002, a Mangueira foi campeã com o enredo "Brasil com 'Z' é pra cabra da peste, Brasil com 'S' é nação do Nordeste".
Antes de encerrar a carreira, em 2018, Max também teve passagens pela Unidos de Vila Isabel, Unidos do Viradouro, União da Ilha do Governador, Estácio de Sá, São Clemente, Acadêmicos do Grande Rio, Porto da Pedra e Acadêmicos de Santa Cruz. O carnavalesco também atuou como comentarista pela Rede CNT.
Nas redes sociais, a Imperatriz lamentou a perda do sambista. "Max iniciou sua trajetória na Imperatriz em 1977, com o enredo 'Viagens Fantásticas à Terras de Ibirapitanga' e foi campeão, em 1989, com o enredo 'Liberdade! Liberdade! Abra as Asas sobre Nós". Todos os leopoldinenses lhe agradecem por toda dedicação ao nosso pavilhão. A diretoria da Rainha de Ramos deseja muita força aos familiares e amigos. Que seja feita uma passagem de muita luz", publicou.
A Mangueira também homenageou Max, destacando os títulos conquistados nos anos de 1984 e 2002.
"O Mago das Cores fez história na Mangueira e pôde receber em vida uma cadeira permanente no Conselho de Carnaval da verde e rosa. Toda nossa gratidão e amor ao Max, que seja uma passagem de luz! Nossos sentimentos aos amigos e familiares desse gênio do Carnaval. Obrigado, Mago. Sua história será reverenciada e lembrada para sempre, a Mangueira jamais te esquecerá", postou a escola.