Corpos de homem e mulher são encontrados no canal da Avenida Ayrton Senna, na Barra da TijucaReprodução/Redes sociais

Rio - Os corpos de um homem e de uma mulher, ainda não identificados, foram encontrados boiando no canal da Avenida Ayrton Senna, pista sentido Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, nesta segunda-feira (25).
Segundo a Polícia Militar, PMs do 18º BPM (Jacarepaguá) foram chamados para verificar a ocorrência. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada e realizou perícia no canal. Os cadáveres foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para identificação. 

Nas redes sociais, populares que passaram próximo ao canal disseram ter se assustado com a cena e registraram a presença de policiais em botes tentando retirar os corpos da água. Informações iniciais dão conta de que os mortos pertenciam ao tráfico de drogas e que foram vítimas de um acerto de contas. A Polícia Civil, no entanto, não confirmou essa versão.
No mês de junho, dois homens também foram assassinados e os corpos deixados na Avenida Ayrton Senna, altura da Gardênia Azul. Segundo informações, ambos foram levados até o local na mala de um carro e, em seguida, dois homens saíram do veículo e retiraram os corpos.
Guerra na Zona Oeste
Em janeiro deste ano, traficantes do Comando Vermelho (CV) invadiram comunidades da Gardênia Azul, antes dominadas pela milícia. A briga entre milicianos e traficantes na região ainda perdura. Devido a luta por territórios, a PM tem intensificado sua atuação na região.
A Gardênia, assim como a Muzema, no Itanhangá, e Rio das Pedras, também na Zona Oeste, sofreu forte influência de milicianos nos últimos anos. Com a invasão, o tráfico, comandado por Edgar Alves de Andrade, também conhecido como Doca e Urso, um dos líderes da facção atuante na Penha, na Zona Norte, tomou conta das comunidades e expandiu pontos de venda de drogas pela região.
Mortes frequentes na região
O miliciano Leandro Siqueira de Assis, o 'Gargalhone', de 46 anos, foi morto a tiros, em maio deste ano na Barra da Tijuca. O corpo foi encontrado dentro de um carro, próximo ao Mercado do Produtor, na Avenida Ayrton Senna.
Gargalhone era considerado um dos chefes da milícia que atua na Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio. A região sofreu forte influência de milicianos nos últimos anos. Neste ano, Leandro teria se aliado ao Comando Vermelho (CV) para retomar o controle da Gardênia. Com a ajuda de Gargalhone, traficantes conseguiram expandir pontos de tráfico de drogas pela região.