Motorista envolvido no acidente de Kayky Brito revela ter crises de ansiedade: 'Dias tensos' Reprodução / Instagram

Rio - O motorista de aplicativo que atropelou o ator Kayky Brito no último dia 2 na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, comemorou o encerramento do inquérito. A Polícia Civil concluiu que Diones Coelho Silva não responderá por crime algum porque ficou comprovado que ele estava dentro do limite de velocidade e não havia ingerido bebida alcóolica.

Em uma publicação no Instagram, o motorista afirmou que já tinha convicção da sua inocência. "Passando aqui para celebrar a vitória que Deus me deu hoje pela manhã, acordei com a notícia do encerrando do inquérito, o qual eu já tinha convicção da minha inocência, mas Deus fez isso se tornar público para todo mundo ver. Sem Deus a gente não é nada, estou muito grato a Deus e a vocês por todo carinho, mensagens e apoio que tenho recebido. Gratidão a todos e que agora essa pagina será virada", disse.
Recentemente, Diones contou que tem sofrido com crises de ansiedade após o acidente e buscou ajuda psicológica. "Sempre fui uma pessoa reservada, mas minha vida virou em um 360 da noite para o dia. Tenho tido crise de ansiedade, noites mal dormidas, medo de dirigir. Tenho buscado ajuda com psicólogo, e fui orientado a ter um pouco de contato com a natureza, pois gosto muito e ajuda a organizar a mente", escreveu em um vídeo publicado na segunda-feira (25). 
O laudo de perícia produzido pelo Instituto Criminalística Carlos Éboli (ICCE) atestou que o motorista estava a menos de 10 metros e a 0,73 segundo de distância de Kayky quando ele iniciou a travessia na pista, correndo e saindo de trás de outro carro.

De acordo com os peritos, para ter um tempo hábil de reação e tentar evitar uma possível colisão, a distância inicial entre condutor e pedestre deveria ser de mais de 26 metros. Ou seja, mais do que o dobro.

"O laudo é esclarecedor e não restam dúvidas. A distância entre carro e vítima no instante em que ele inicia a travessia, mesmo a uma velocidade abaixo da permitida, era insuficiente para que o motorista percebesse, reagisse e parasse o veículo sem impacto", explicou Ângelo Lages, o titular da 16ª DP (Barra da Tijuca).

A polícia solicitou o arquivamento do caso e vai encaminhar o inquérito ao Ministério Público. "O motorista não concorreu para esse atropelamento, ele não praticou qualquer tipo de crime, uma vez que, vinha dirigindo com atenção, dentro do limite de velocidade e sem ingestão de álcool. Ele socorreu a vitima, veio à delegacia. Então, ele está excluído de qualquer tipo de responsabilidade nesse evento", disse Lages. 

Kayky Brito sofreu politrauma corporal e traumatismo craniano e continua internado no Hospital Copa D'Or, na Zona Sul do Rio. Na última semana ele recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e vem se recuperando. Atualmente, ele está consciente e conversando com os familiares.