Rio - Agentes da Subprefeitura de Jacarepaguá se envolveram em uma confusão com ambulantes, na manhã desta quarta-feira (4), na Estrada de Jacarepaguá, na Freguesia, Zona Oeste do Rio. De acordo com testemunhas, um agente Subsecretaria de Operações (Subop) puxou uma arma e atirou para o alto.
Em vídeos obtidos pelo DIA, os ambulantes tentam impedir a apreensão de materiais durante uma ação de ordenamento realizada pela Secretaria de Ordem Pública (Seop). Em certo momento, a confusão se inicia e um dos agentes atira para o alto. No vídeo, é possível ouvir a gritaria após os disparos.
Agentes da Subprefeitura de Jacarepaguá se envolvem em confusão com ambulantes na Freguesia
Em nota, a Seop afirmou que os agentes foram atacados e ameaçados por ambulantes irregulares e as equipes tiveram que fazer uso diferenciado da força para sair do local. "De acordo com denúncias de populares, no meio da confusão, um agente teria efetuado disparo de arma de fogo de uso pessoal", diz trecho da nota.
A secretaria disse, ainda, que as imagens das ações já estão sendo analisadas pela corregedoria e os envolvidos serão convocados a prestar esclarecimentos. O agente, que realizou o disparo, foi encaminhado pela própria Seop para a 41ª DP (Tanque).
A subprefeita de Jacarepaguá, Marli Peçanha, informou que as operações de ordenamento vão continuar sendo realizadas na região. Ela destacou que "não irá permitir irregularidades e abusos em Jacarepaguá".
Segundo um ambulante que trabalha na região há 40 anos, as ações da secretaria são realizadas com frequência na Estrada de Jacarepaguá. "Na semana passada, um guarda municipal pegou minha licença, botou no bolso e não me devolveu mais. Essa semana tive que tirar outra. E eu sou regular, não tem nada de errado com a minha barraca. Isso é covardia", afirmou o ambulante, que preferiu não se identificar.
De acordo com um morador, os agentes agem com truculência e os camelôs utilizam as calçadas de forma irregular. "Não sou a favor da violência, da truculência com que alguns funcionários da prefeitura fazem a fiscalização aqui na Freguesia. Por outro lado, tem ambulantes que são abusados, que tomam um espaço que não têm direito. Aqui mesmo, na porta da minha vila, as vezes fica difícil até entrar com o carro porque eles colocam as mercadorias bem na entrada da vila. Ou seja, tem os que trabalham certo e aqueles que trabalham errado", afirmou João Menezes em entrevista ao DIA.
Procurada, a Polícia Militar informou que não participou da ação.
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