Médico Diego Bomfim foi morto a tiros na Barra da Tijuca, na Zona OesteReprodução / Redes sociais

Rio - O médico Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, será velado nesta sexta-feira (6) e enterrado no sábado (7), no município de Presidente Prudente, em São Paulo. O ortopedista, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (Psol), foi assassinado na madrugada desta quinta-feira, em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
Por volta das 19h30, o corpo deve ser transportado para São Paulo por um helicóptero disponibilizado pelo Corpo de Bombeiros. A expectativa é de que a chegada aconteça nesta madrugada. O velório acontece de manhã, na Casa Athia, localizada no bairro Jardim Bela Daria, em Presidente Prudente. Em seguida, o corpo segue para o Cemitério Municipal Campal da cidade, onde acontecerá o sepultamento.
Na tarde desta quinta-feira, os deputados estaduais Professor Josemar e Flavio Serafini, ambos do Psol, estiveram no Instituo Médico Legal (IML), no Centro do Rio, para tratar sobre a liberação do corpo a pedido da família de Sâmia. Os dois chegaram acompanhados de uma advogada e com uma procuração.
Nas redes sociais, Sâmia e o marido Glauber Braga, também deputado federal pelo Psol, divulgaram uma nota sobre o caso
"Queremos agradecer todas as mensagens de solidariedade e apoio, que vieram de todos os lugares. Evidentemente, Sâmia está devastada nesse momento terrível de perda e dor, assim como o seu companheiro Glauber Braga, que a acompanha neste momento. Pelas imagens divulgadas pela imprensa, tudo indica que se trata de uma execução. Exigimos imediata e profunda investigação para descobrir as motivações do crime, assim como a identificação e prisão dos executores", informa o comunicado.
Diego foi executado na companhia de outros três médicos. Perseu Ribeiro de Almeida, de 33 anos, e Marcos de Andrade Corsato, 62, também morreram, enquanto Daniel Sonnewend Proença, de 32, está internado em estado estável no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra.
Imagens registradas por câmeras de segurança mostram que três suspeitos desceram de um carro e atiraram diversas vezes contra os médicos. Um dos criminosos chegou a voltar para atirar mais em Perseu, que tentava se refugiar atrás do quiosque. No local, houve correria e desespero durante o ataque.
As investigações sobre o crime estão sendo conduzidas pela Polícia Federal e pelas polícias Civil do Rio e de São Paulo. Uma das linhas de investigação aponta a semelhança física entre ortopedista Perseu e o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, que tem residência próximo ao local do ataque.
Taillon é filho de Dalmir Pereira Barbosa, apontado pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) como um dos principais chefes de uma milícia que atua na Zona Oeste. O filho traçou o mesmo caminho e também é apontado pelo MPRJ como sendo líder de uma quadrilha que atua na região de Rio das Pedras, Muzema e adjacências.